quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Colheita do milho entra na reta final com preço médio da saca 75% superior à safra passada

Por André Bento             Foto:Hedio Fazan/Dourados News



A colheita do milho entrou na reta final em Mato Grosso do Sul com o avanço das máquinas por 77,4% da área cultivada até o dia 4 de setembro. Mesmo antes do fim dos trabalhos, ainda em 31 de agosto já haviam sido comercializados 56,30% da safra 2019/20, com o preço médio da saca cotado a R$ 47,88, alta de 75,43% em relação a igual período do ano passado, de R$ 27,29.

Esses dados constam no mais recente boletim Casa Rural da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária), elaborado pelo Siga-MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) a partir de consultas realizadas com produtores, sindicatos rurais e empresas de assistências técnicas.

Segundo a entidade, até sexta-feira (4) foram colhidos aproximadamente 1,466 milhão de hectares. Com área plantada de 1,895 milhão de hectares, o Estado tem estimativa de produtividade em 76 sacas por hectare e de produtividade de 8,650 milhões de toneladas.

Com a colheita mais avançada, 94,2%, em média, a região norte tem São Gabriel do Oeste com o menor percentual, mesmo assim já próximo de 90%.

A região centro tem 84,5%, puxada sobretudo por Jaraguari, com 95%.

Já na região sul, com 72,2%, Antônio João passa de 90%, Fátima do Sul, Ivinhema e Jardim superaram 80%, e os menores índices são de Eldorado e Nova Andradina, 40%. Dourados tem mais de 72% e Itaporã beira 70%.

Apesar de atrasada aproximadamente 22,60% em relação à safra 2018/2019, para a data de 4 de setembro, a colheita do milho em território estadual tem previsão de encerramento no próximo dia 18. “O clima da semana passada colaborou para colheita avançar, muito sol e baixa umidade relativa do ar. As previsões demonstram estiagem nas próximas semanas, fazendo com que a colheita possa avançar”, pontua a Famasul.

Ainda de acordo com a entidade do setor produtivo sul-mato-grossense, “as cotações do milho no mercado interno seguem evoluindo no Brasil pressionadas pela ainda escassa entrada de novos volumes no mercado interno”.

“Quanto ao preço médio do mês de setembro cotado a R$ 47,88, no comparativo com setembro do ano passado, houve avanço nominal de 75,43%, quando o cereal havia sido cotado, em média, a R$ 27,29/sc. Reitera-se o fato de que essas cotações não significam que o produtor está recebendo esses valores, uma vez que há uma escassez de estoques de milho junto ao produtor neste momento, diante da comercialização antecipada da safra que está sendo colhida neste momento”, pondera.

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