Agência Brasil Foto:Thomaz Silva
Caiu
em 2,8 milhões o número de pessoas rigorosamente isoladas da segunda
para a terceira semana de agosto, passando de 44,4 milhões para 41,6
milhões, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad Covid-19). Desde meados de março, medidas de isolamento social
foram recomendadas pelos governos estaduais e municipais para conter a
propagação do novo coronavírus (covid-19).
A pesquisa do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) também estimou em 4,5 milhões a população
que não fez qualquer tipo de restrição na semana de 16 a 22 de agosto. O
percentual representa estabilidade em relação à semana anterior.
De acordo com o IBGE, no mesmo período,
aumentou em 1,9 milhão o número de pessoas que reduziram o contato, mas
continuaram saindo ou recebendo visitas.
Para a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia
Vieira, os dados apontam uma flexibilização do isolamento por parte da
população. “De alguma forma, as pessoas estão flexibilizando as medidas
de isolamento social, uma vez que aumenta o percentual de pessoas que
estão tendo medidas menos restritivas e diminui o percentual daquelas
que aplicam medidas mais restritivas de isolamento“, disse em nota.
Segundos os dados da Pnad Covid-19, o número
de pessoas que estão saindo do isolamento vem aumentando pela terceira
semana seguida. Da primeira para a segunda semana de agosto, 2,9 milhões
de pessoas a mais afirmaram ter reduzido o contato, embora continuassem
saindo ou recebendo visitas. A população que ficou em casa e só saiu
por necessidade básica se manteve estável na terceira semana de agosto,
com 87,6 milhões de pessoas nessa situação.
Mercado de trabalho
A Pnad Covid-19 estimou a população
desocupada do país em 12,6 milhões na terceira semana de agosto,
mantendo-se estável em relação à semana anterior. O número de pessoas
ocupadas chegou a 82,7 milhões, o que representa estabilidade em relação
à semana anterior.
“Há uma estabilidade geral nos indicadores
de mercado de trabalho, mas olhando as variações, em termos de
tendência, foi observada uma variação positiva na força de trabalho, que
se deu em função do aumento no contingente da população ocupada”, disse
a pesquisadora.
Segundo o IBGE, a população fora da força de
trabalho também ficou estatisticamente estável em 75 milhões. “Na
população fora da força [de trabalho], entre aqueles que gostariam de
trabalhar, mas não tinham procurado trabalho justamente alegando a
pandemia como o principal motivo, houve uma redução de cerca de 582 mil
pessoas”, disse Maria Lúcia.
Estudantes
A pesquisa mostra ainda que o país tinha
cerca de 46 milhões de estudantes matriculados em escolas ou
universidades na terceira semana de agosto. Desses, 37,7 milhões tiveram
atividades escolares em seus domicílios no período, um aumento de cerca
de 921 mil pessoas em comparação com a semana anterior.
Segundo a pesquisadora, 7,3 milhões de
pessoas não tiveram atividades escolares para realizar no período
analisado. “Esse número representa 15,9% da população de 6 a 29 anos de
idade que frequentava a escola”.
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