Frigoríficos adotaram medidas para reduzir o risco de propagação internamente e externamente
O fechamento do primeiro semestre do setor avícola no Paraná aponta que o setor obteve sucesso na condução de suas atividades durante a pandemia da Covid-19. Com foco na saúde e bem-estar de seus colaboradores e comunidade, a avicultura paranaense projeta que os frigoríficos já tenham realizado um investimento de aproximadamente R$ 100 milhões no combate à doença. A estimativa tem como base valores médios investidos pelas indústrias do Paraná.
Neste cenário, as empresas adotaram medidas para reduzir o risco da propagação do vírus, antes mesmo do início da quarentena, além de aporte em Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Dessa maneira, o ambiente frigorífico hoje tem o risco minimizado para as equipes.
Para o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins, isso só foi possível pelas ações desenvolvidas pelo setor de saúde ocupacional das empresas. “Este trabalho preventivo é de fundamental importância por permitir a preservação de milhares de vidas, que são o maior patrimônio do setor avícola paranaense. Sabemos da importância que temos no processo alimentar e educacional, por isso, estamos fazendo a disseminação das práticas da higiene, dentro e fora das empresas, incluindo extramuro e cuidado com familiares e comunidade, por meio de profissionais do controle de qualidade, líderes de equipe, integrantes da Medicina do Trabalho e assistentes sociais”.
Martins ainda afirma que as atividades no segmento sempre contaram com rígidos padrões de higienização em todas as áreas do processo produtivo, ações que vêm sendo mantidas neste período. Entre as medidas preventivas, adotadas pelas empresas avícolas do estado, destacam-se:
·Afastamento dos colaboradores identificados como do grupo de risco;
·Elaboração e distribuição de conteúdos explicativos sobre processos de higienização em diferentes formatos dentro e fora da empresa (extramuro e cuidado com familiares);
·Adoção de medidas para impedir aglomerações em ambientes da empresa;
·Atenção especial aos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs);
·Medição diária da temperatura de todos os colaboradores e acompanhamento médico junto aos funcionários;
·Apoio aos caminhoneiros, responsáveis pela distribuição do alimento produzido.
Atuação conjunta
Liderado pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o setor produtivo também estabeleceu protocolo setorial, validado cientificamente pelo Hospital Albert Einstein, que adicionou uma série de medidas protetivas aos colaboradores, como proteção buconasal, faceshield e outros (que impedem proliferação de gotículas de saliva), entre todos os seus colaboradores, incluindo, além dos habituais uniformes, luvas e outras camadas de proteção.
“Os últimos meses tenho reiterado que a palavra que rege o setor avícola é a excelência. As empresas estão comprometidas com suas equipes, nas quais o bem-estar de seus integrantes e a manutenção da saúde têm total prioridade. Independente do momento, cenário ou situação, entregar um alimento de qualidade e em quantidade para abastecer a todos que da nossa produção dependem é a nossa missão. Enfrentamos a pandemia do novo coronavírus nesse primeiro semestre com a determinação de que nosso trabalho é essencial para a população que já está batalhando para superar tantos desafios”, destaca Martins.
Números
Segundo dados do Sindiavipar, 984,7 milhões de aves foram produzidas no Paraná de janeiro a junho deste ano, segundo o levantamento. O número é 7,1% maior que o total de abates no mesmo período do ano passado, quando alcançou a marca de 919,4 milhões de cabeças. Com isso, o segmento alcançou o melhor semestre em produção já registrado. Do total de carne de frango produzida pelo Paraná, 66,4% foi destinado ao mercado interno, enquanto 33,6% foi embarcado ao exterior.
Os embarques do semestre alcançaram a marca de 825,1 mil toneladas de frango, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O volume é 4,1% superior ao exportado nos primeiros seis meses de 2019, quando 792,3 mil toneladas da proteína foram destinadas ao mercado externo. Entre os países que mais importaram a carne de frango do Paraná estão: China (177,3 mil toneladas), África do Sul (67,5 mil toneladas) e Emirados Árabes Unidos (58,3 mil toneladas).
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