quarta-feira, 17 de junho de 2020

Infectologista defende a conscientização das pessoas em bares e restaurantes

                                          Foto; Arquivo/Sr.Barão Botequim

Bruna Aquino


A conscientização da população bem como a responsabilidade social durante a flexibilização de bares e restaurantes de Campo Grande por conta da pandemia do novo coronavírus foi debatida em live nesta quarta-feira (17) na Câmara Municipal.

Mesmo com a flexibilização do setor e as medidas de biossegurança assim como ocorre no comércio, os casos de coronavírus em Campo Grande não param de crescer. Dados do boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES) apontam que no Estado, já são 4.164 casos da doença e 868 registrados em Campo Grande, 84 a mais desde ontem (16).

Para o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Mato Grosso do Sul (Abrasel), Juliano Wertheimer, bares e restaurantes seguem regras da vigilância sanitária antes mesmo do avanço da doença. “Convivemos com vírus e bactérias todo tempo, todo bar e restaurante tem uma licença sanitária, manual de boas práticas, profissionais treinados, neste momento da pandemia, se intensificou todo procedimento que já era realizado. É hora da população se envolver e embarcar na responsabilidade de preservar a sua vida e das outras pessoas seguindo e respeitando as normas estabelecidas para o funcionamento seguro desses locais”, disse.

Juliano destacou que o setor foi o mais prejudicado quando estourou a pandemia e estatísticas mostram que o comércio consegue se manter com 50% se lucrar pelo menos 50% do que lucrava antes, mesmo em tempos de crise.

Sobre boates e casas noturnas, Juliano citou que as que não fecharam as portas, se adaptaram para funcionarem como bar também com plano de biossegurança. “Não vejo problema porque esse locais se assemelham a um restaurante, porém, o cliente tem que ter a responsabilidade para não prejudicar a empresa que está abrindo para entreter ele”, explicou dando destaque na responsabilidade social.

Para a médica infectologista, Priscilla Alexandrino de Oliveira, a flexibilização acontece dia a dia, mas manter a segurança passa pela conscientização das pessoas. “O Coronavírus é um vírus com alta taxa de letalidade e com  transmissibilidade bastante elevada, com capacidade de agravamento em alguns grupos, isso não quer dizer que as demais pessoas não podem agravar, população jovem sem comorbidade tem tido agravamento do caso, temos aprendido cada dia com essa pandemia. Temos que nos adaptar, em hipótese nenhuma sou contra flexibilização, mas temos que ter medidas restritivas, a maior transmissão é de uma pessoa para outra, por isso, precisamos evitar aglomerações, fazer o uso de máscaras”, finalizou.

Para dúvidas sobre o novo coronavírus o telefone de contato é 2020-2170 e Drive Thru 3311-6262. Para denúncias de aglomerações ou festas clandestinas, basta entrar em contato pelo telefone 3314-9955.

Com informação do Portal Correio do Estado

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