quarta-feira, 17 de junho de 2020

Esquema investigado pela PF usava empresas de fachada e movimentou R$ 90 milhões

                                           Foto; Divulgação


Esquema consistente nos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que resultou na Operação Hipócrates, deflagrada na manhã desta quarta-feira (16/6) em Corumbá e na cidade de Imperatriz (MA), movimentou aproximadamente R$ 90 milhões em quatro anos.

De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Federal, os investigados depositavam os valores em casas de câmbio das cidades vizinhas de Puerto Quijarro e Puerto Suarez, na Bolívia, após realizarem saques na cidade sul-mato-grossense.

A operação descobriu ainda que os investigados constituíram diversas empresas “de fachada”, com a finalidade de movimentar recursos provenientes de crimes diversos, como tráfico de drogas e peculato.

Ao todo, são 30 agentes para o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão ordenados pela 3ª Vara Federal de Campo Grande.

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, simultaneamente foram realizados o sequestro de bens móveis e imóveis, o bloqueio de contas e a suspensão da atividade econômica das empresas constituídas pelos investigados.

A operação foi denominada “Hipócrates” em referência ao filósofo grego pai da medicina, uma vez que o envio de dinheiro para estudantes brasileiros de medicina na Bolívia era utilizado como justificativa para a remessa ilegal dos valores ao país vizinho.

Os investigados poderão responder pelos crimes de evasão de divisas (Art. 22, parágrafo único, da Lei nº 7.492/86), lavagem de capitais (Art. 1º, caput, da Lei nº 9.613/98) e organização criminosa (Art. 2º, caput, da Lei nº 12.850/13), cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão.

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