terça-feira, 28 de maio de 2019

PF vai à casa de ex-prefeita em Três Lagoas





Investigações que resultaram na deflagração da Operação Atalhos, desencadeada hoje (28/5) mirando esquema de fraudes em contratos licitatórios voltados ao transporte escolar rural, em Três Lagoas, apontam para prejuízo, até o momento, de R$ 1,3 milhão aos cofres públicos.

O valor, segundo a CGU (Controladoria-Geral da União), aponta total de R$ 12,5 milhões, envolvendo três processos licitatórios: um pregão presencial de R$ 5.410.182; outro pregão presencial de R$ 4.687.078; e uma dispensa de licitação de R$ 2.419.011.

Nesta terça-feira (28/5), 70 policiais federais e sete servidores da Controladoria cumprem 21 mandados de busca e apreensão em Três Lagoas, Campo Grande, Naviraí, Luiz Antônio (SP) e Americana (SP).

Durante os trabalhos, deverão ser identificados os valores correspondentes às fraudes e às possíveis propinas pagas a integrantes da organização criminosa.

Conforme o site da Rádio Caçula, agentes da Polícia Federal estiveram na casa da ex-prefeita Márcia Moura e do ex-secretário de Educação, Mário Grespan. Ele, ainda de acordo com o portal, foi levado para prestar esclarecimentos.

Operação Atalho

O objetivo da operação desencadeada pela PF e CGU é desarticular organização criminosa especializada em fraudar licitações destinadas ao Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (PNATE), no município de Três Lagoas.

A investigação teve início a partir de trabalho da CGU que constatou uma série de irregularidades graves na contratação e execução do PNATE no município, que atende 880 alunos residentes na zona rural.

Os resultados apontam para a existência de organização que fraudava processos licitatórios, por meio de direcionamento, favorecimentos, conluios, sobrepreço e superfaturamento de contratos.

A operação também identificou a existência de um grupo de empresas do ramo de transportes previamente escolhido para vencer as licitações na prefeitura, obstando a participação de empresas idôneas que não participavam do esquema.

Foram detectados, ainda, contratos fraudulentos e a prática de crimes de peculato, corrupção passiva e pagamento de propina.

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