quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Campo Grande não terá mais área pública para entulhos, diz secretário


Portal Correio do Estado     Foto:Alvaro Rezende


A Prefeitura de Campo Grande descarta reabrir o aterro de entulhos que funcionava no Jardim Noroeste e vai incentivar o encaminhamento dos resíduos para as duas empresas que recebem esse tipo de material, conforme preveem as leis ambientais. O secretário de governo Antônio Lacerda afirmou que não é responsabilidade da administração municipal dar destinação a tais restos. “A responsabilidade é do gerador”, disse.

Decisão judicial do dia 9 de dezembro determinou o fechamento do aterro e desde então, caçambas estão espalhadas pelas ruas da cidade e cheias de entulhos. Outras são esvaziadas em locais inadequados, como vias públicas ou terrenos baldios. Poucas recebem são levadas para espaços já licenciados. O antigo aterro não tinha licença de operação ou ambiental e funcionava de forma irregular desde 2007.

De acordo com Lacerda, a prefeitura cancelará o recurso impetrado pela antiga administração que pedia a reabertura da área. “Efetivamente, esqueça o Noroeste. Há recurso da prefeitura contra a decisão e também dos caçambeiros, mas nós vamos desistir desse recurso, porque entendemos que a saída é outra”, comentou.

Na terça-feira foi criado grupo entre secretarias municipais para definir a solução para o caso de tantas caçambas lotadas de entulhos e outros resíduos espalhadas por Campo Grande e uma das saídas será usar terreno que pertence ao governo do Estado, na região da Gameleira, na MS-455. “Vamos avaliar o local e a Semadur [Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano] vai dizer como liberar para uso nesse período de emergência”, disse o secretário de governo.

Estima-se que 3,8 mil recipientes estejam parados pela cidade desde dezembro, e a intenção é que a área estadual seja utilizada temporariamente paro o despejo desses resíduos. “Esse local vai receber entulhos apenas num primeiro momento e quando resolver essa questão emergencial é o gerador do material que vai ter que se ligar no destino do material dele”, afirmou Lacerda.

Uma das empresas apta a receber resíduos de construção civil é a CGA Engenharia Ambiental, localizada na Estrada Agostinho Cação, paralela com a avenida Euler de Azevedo e atrás do bairro José Abrão. A outra é a Progemix Resilix Reciclagem Do Brasil Ltda - Me, na avenida Cônsul Assaf Trad, em frente ao Terminal Nova Bahia. Outras duas estão em fase de implantação, segundo a prefeitura. Uma delas, no Nova Lima, requereu licença ambiental précia, conforme publicação de ontem no Diário Oficial.

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