terça-feira, 10 de maio de 2016

PF fecha secretaria estadual para apurar desvios de mais de R$ 2 bi


A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), no Parque dos Poderes, em Campo Grande, está passando por pente-fino de agentes da Polícia Federal desde as 7h de hoje (10).  O mandado de busca e apreensão que está sendo cumprido na pasta é por conta da 2ª fase da Operação Lama Asfáltica, denominada Fazendas de Lama, deflagrada nesta terça-feira.

Documentos pertencentes à Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos de Mato Grosso do Sul (Agesul) também estão sendo analisados e devem ser levados para análise da polícia.

O secretário estadual Marcelo Miglioli, assessores e equipe de informática do governo do Estado estão também no prédio para dar suporte aos policiais.

Servidores da pasta estão impedidos de entrar nas dependências e não há prazo para que as buscas sejam finalizadas. Na primeira fase da operação, foi realizado outras buscas e o trabalho foi até as 13h.

A assessoria de imprensa da Seinfra informou que o atual governo está dando todo o apoio solicitado para as investigações.

A fase Fazendas de Lama apura atuação de organização criminosa especializada em desviar recursos públicos que seriam destinados para obras de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.

Os contratos sob investigação somam mais de R$ 2 bilhões e teve ramificações além das divisas de Mato Grosso do Sul.

A operação deflagrada hoje conta com 201 policiais federais, 28 servidores da Controladoria Geral da União (CGU) e 44 fiscais da Receita Federal. Eles cumprem 28 mandados de busca e apreensão e 15 de prisão temporária. Há também 24 mandados de sequestro de bens de investigados.

As medidas foram cumpridas em Campo Grande, Rio Negro, Curitiba e Maringá (Paraná) e Presidente Prudente e Tanabi (São Paulo).

BUSCAS E PRISÕES

Outro mandado cumprido nesta manhã foi no apartamento onde vive o ex-governador André Puccinelli (PMDB), no Centro de Campo Grande. Depois de receber os policiais federais, ele foi até a sede da PF na Capital com seu advogado para obter detalhes da investigação.

As prisões foram feitas contra o ex-deputado federal Edson Giroto e sua esposa, Rachel; além do empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos e sua secretária, Elza Cristina Araújo dos Santos.

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