G1
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Crimes Cibernéticos aprovou por 17 votos a 6 nesta quarta-feira (4) o relatório final que propõe projetos de leis como o de bloquear o acesso de brasileiros a serviços na internet que veiculem conteúdo ilegal ou o de remover materiais idênticos aos que já tiveram a exclusão já decidida pela Justiça.
Devido à repercussão negativa, os deputados alteraram o texto final para excluir a possibilidade da suspensão de aplicativos de mensagens, como o WhatsApp, que teve acesso barrado por mais de 24 horas entre segunda (2) e terça-feira (3).
Esses são dois dos seis projetos de lei sugeridos pelo relatório da CPI (Veja todos abaixo). Para virarem lei, as propostas têm ainda de ser protocoladas e passar pelo trâmite dentro da Câmara.
"É uma deslealdade veicular que estamos aprovando uma lei que vai bloquear o WhatsApp", afirmou Sandro Alex (PSD-PR), um dos sub-relatores da CPI. “Não estamos falando do WhatsApp, ao contrário, estamos garantindo que esse tipo de aplicativo seja de uso e não possa ser bloqueado novamente.”
Contrário às proposições, Alessandro Molon (Rede-RJ) afirmou que as medidas tentam “censurar” a internet. "A gente tem que usar a internet a nosso favor e não imaginar que podemos controlá-la.”
"A remoção de conteúdo, embora equivocada, no meu entendimento, é menos grave. Menos grave porque ao remover o conteúdo significa de alguma maneira tirar daquele lugar alguma coisa. O bloqueio é pior porque significa você analisar a navegação de todo mundo e dizer que a navegação para aquele lugar não pode chegar. Do ponto de vista técnico, é mais perigosa ainda."
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