sábado, 9 de agosto de 2025

PT oficializa saída do governo de Eduardo Riedel

 

                                            Foto: Dândara Sabrina, Jornal Midiamax 



O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu, por unanimidade, entregar todos os cargos comissionados que ocupa no Governo de Mato Grosso do Sul. A resolução foi tomada nesta sexta-feira (8), após o governador Eduardo Riedel (PSDB) manifestar apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) em razão da prisão domiciliar do líder da direita.


Na avaliação de Riedel, a decisão do STF representa “excessos judiciais” e aumenta a tensão política e jurídica no país. A fala provocou reação imediata dentro da legenda, que já vinha discutindo a saída da base governista desde o Processo de Eleição Direta (PED) do partido, meses atrás.


Segundo o ex-presidente estadual do PT, Vladimir Ferreira, o apoio a Riedel nas eleições de 2022 foi estratégico para impedir a vitória da extrema-direita, representada por Capitão Contar (PRTB). “A grande maioria apoiou Eduardo Riedel quando ele estava mais de 15% atrás do adversário. Hoje, a polarização permanece e, infelizmente, o governador está tomando um lado”, afirmou.


O presidente estadual do PT e deputado federal Vander Loubet disse que, apesar da ruptura política, a relação institucional com o governo será mantida. “Fizemos a opção de ir para o governo e estamos saindo por unanimidade para ter liberdade. Essas movimentações bolsonaristas tentam desestabilizar e romper com a democracia”, declarou.


Atualmente, o PT ocupa dois cargos estratégicos: Washington Willeman de Souza, na presidência da Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), e Viviane Luiza da Silva, à frente da Secretaria de Estado da Cidadania, responsável por oito subsecretarias.


O diretório informou que vai comunicar oficialmente a decisão ao governador quando ele retornar da viagem à Ásia. Haverá diálogo com os filiados que ocupam cargos para orientar a saída; quem optar por permanecer não contará com o respaldo partidário.


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