O PSDB de Mato Grosso do Sul vive um momento de indefinição, com a iminente saída de seu atual presidente estadual, o ex-governador Reinaldo Azambuja. Para discutir os rumos da sigla, o presidente nacional, Marconi Perillo, estará em Campo Grande na segunda-feira (18) para uma série de reuniões, incluindo um encontro com os deputados federais do estado: Geraldo Resende, Dagoberto Nogueira e Beto Pereira.
A saída de Azambuja, que deve migrar para o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, tem gerado incertezas e uma possível debandada de filiados com mandato. Deputados como Zé Teixeira já afirmaram que não pretendem permanecer no partido, enquanto Pedro Caravina demonstrou otimismo, acreditando que a legenda pode “ressurgir das cinzas”.
A visita de Perillo ocorre em um momento crucial, já que o partido precisa se federar com outra sigla até setembro para garantir sua sobrevivência política. Uma federação com o MDB e o Republicanos tem sido cogitada nacionalmente, o que poderia ser uma solução após a tentativa frustrada de aliança com o Podemos. O acordo com o Podemos foi aprovado em convenção, mas foi desfeito por divergências de comando.
A federação é uma estratégia vital para o PSDB, que atualmente forma uma aliança com o Cidadania, que decidiu se desfiliar. Essa medida é necessária para que o partido consiga cumprir a cláusula de barreira, uma regra que exige um número mínimo de deputados eleitos para ter acesso a recursos públicos e tempo de rádio e TV. A partir de 2026, uma sigla precisará ter pelo menos 13 deputados federais em um terço dos estados para garantir esses benefícios.
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