Morreu neste sábado o motorista de aplicativo que foi alvejado com um tiro de fuzil nas costas durante a execução que matou o empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach no Aeroporto de Guarulhos. Carlos Araujo Sampaio de Novais, de 41 anos, estava internado no Hospital Geral de Guarulhos, mas não resistiu. A informação foi divulgada pelo portal g1.
Outras duas pessoas foram feridas no ataque. Uma delas, um funcionário do aeroporto, tem ferimentos na mão e segue em observação. A terceira vítima recebeu um tiro de raspão e já recebeu alta.
O empresário morreu na sexta-feira. Os atiradores fugiram do local em um Gol preto. O carro foi abandonado nas imediações do aeroporto e acabou recuperado pouco depois por equipes do 3º Batalhão de Polícia de Choque, na Avenida Otávio Braga de Mesquita, ainda em Guarulhos.
Em março deste ano, Gritzbach firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público de São Paulo (MP-SP), em que revelou supostos esquemas do Primeiro Comando da Capital (PCC) e denunciou suposta extorsão envolvendo policiais civis de São Paulo. Ele estava jurado de morte pela maior facção criminosa do país desde então.
Ainda segundo o MP-SP, Gritzbach teria mandado matar dois integrantes do PCC, Anselmo Becheli Santa Fausta, conhecido como Cara Preta, e Antônio Corona Neto, o Sem Sangue, motorista de Anselmo. Ele negava envolvimento com os crimes.
Neste sábado, a Polícia Federal (PF) abriu uma investigação sobre o assassinato. Em nota, a corporação informou que irá colaborar com as forças de segurança de São Paulo para elucidar o crime.
Quatro policiais militares que deveriam estar escoltando o empresário já são investigados pela Polícia Civil por não terem acompanhado a vítima após seu desembarque. Os homens alegam que atrasaram para a tarefa porque o carro que usavam, um Amarok, teria quebrado.
Quando Gritzbach foi morto por disparos de fuzil, os únicos dois policiais presentes eram aqueles que estavam dentro de um outro carro, um Trail Blazer, com um familiar do empresário. Eles aguardavam a chegada da vítima estacionados numa das pistas da zona de desembarque.
"Os policiais militares, que pertenciam à equipe de segurança da vítima, prestaram depoimento para a Polícia Civil e também na Corregedoria da PM. Eles foram afastados de suas atividades operacionais durante as investigações", afirmou hoje a Secretaria de Segurança Pública de Segurança de São Paulo (SSP) em comunicado. "A namorada da vítima também foi ouvida pelos investigadores. As corregedorias das polícias Civil e Militar apuram a atuação de seus agentes no caso mencionado."
O Globo
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