domingo, 24 de dezembro de 2023

O impacto da irrigação nos grãos brasileiros

 

                                                Nadia Borges


O gotejamento é uma ferramenta estratégica para que o produtor consiga irrigar 100% de sua área"


Em 2023, a agricultura brasileira enfrentou desafios significativos nos setores de grãos, café, cana-de-açúcar e citros. A empresa líder em irrigação, Netafim, analisou as condições de mercado e climáticas, destacando obstáculos específicos em cada setor. 



No caso dos grãos, o Coordenador Agronômico da Netafim, William Damas, apontou para a normalização dos preços das commodities, mas ressaltou incertezas políticas e desafios climáticos, como o El Niño. O início da safra 2023/24 foi desafiador, resultando na hesitação dos produtores em investir, o que se refletiu em uma redução na demanda por máquinas e novas tecnologias ao longo do ano.


“Com o El Niño, ocorreram muitas chuvas no sul do país, e abaixo da média na região central, ocasionando atrasos nos plantios de soja com prováveis e consideráveis perdas de produtividade para o grão. Como destaque, grandes regiões produtoras no Estado do Mato Grosso que já contabilizam perdas no início do desenvolvimento do cultivo da soja, principal grão produzido no estado e no Brasil”, detalhou Damas


Quanto ao futuro, o aumento do uso da irrigação, especialmente do gotejamento subterrâneo, busca assegurar a irrigação completa das áreas produtivas, oferecendo segurança frente a instabilidades climáticas e de mercado. Recomenda-se investir em tecnologias, como a irrigação, para aumentar a segurança e potencializar a produtividade, enfrentando incertezas climáticas e garantindo uma produção sustentável. O gotejamento subterrâneo é enfatizado como ferramenta estratégica para irrigar 100% da área produtiva, proporcionando segurança e garantia de produção diante das diversas instabilidades.


“O gotejamento é uma ferramenta estratégica para que o produtor consiga irrigar 100% de sua área produtiva, por meio da harmonização de sistemas de irrigação, tendo segurança e garantia de produção frente às instabilidades diversas, de mercado e climáticas”, finalizou Damas.

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