Produção de citros afetada por condições climáticas
Na região de Lajeado, Vale do Rio Caí e Alto Vale do Taquari, onde se concentram a maioria dos pomares de citros, as culturas cítricas enfrentam a entressafra, com poucos municípios ainda comercializando frutas armazenadas em câmaras frias, conforme indicado pelo Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar. Atualmente, a única fruta cítrica em colheita é a Lima Ácida Tahiti, conhecida por florescer e produzir frutos ao longo do ano.
Os cuidados nos pomares estão focados na pulverização para prevenir a queda anormal de frutas jovens e o combate à pinta-preta, especialmente nas laranjeiras e bergamoteiras. Além disso, são realizadas práticas de adubação, poda de abertura de árvores, raleio de galhos e manejo da vegetação entre as linhas. Contudo, a entrada nos pomares tem sido dificultada pelo excesso de umidade do solo, resultante dos volumes de chuva consideravelmente acima da média para o período.
Este cenário tem impactado negativamente a fixação dos frutos, o que pode se traduzir em uma redução na produção, especialmente de laranjas, na safra de 2024.
Na região de Erechim, onde a área cultivada abrange 2.583 hectares, a colheita de laranjas está quase finalizada, restando apenas cerca de 1% do processo. O valor médio pago ao produtor é de R$ 1.200,00 por tonelada. Os altos índices de chuva reduziram o pegamento das flores e aumentaram a queda de frutos pequenos. Prevê-se uma considerável diminuição na produção na próxima safra.
Enquanto isso, na região de Soledade, a colheita de laranja Valência para suco e consumo in natura continua. As demais variedades estão em fase de formação de frutos. A escassez de radiação solar durante o ciclo prejudicou a formação das frutas. O preço médio da laranja para suco é de R$ 0,54 por quilo ao produtor, enquanto a laranja de umbigo padrão no mercado atinge cerca de R$ 1,70 por quilo.
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