quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Tereza Cristina percorre estados atingidos pela seca

 

                                                          Eduardo Oliveira/Fetag/Divulgação 



Tereza Cristina desembarcou no Rio Grande do Sul nesta quarta-feira (12)
Por:  -Eliza Maliszewski


A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, desembarcou no Aeroporto Regional de Santo Ângelo (RS) no começo da manhã desta quarta-feira (12). Ela começa pelo Rio Grande do Sul uma viagem pelas principais áreas atingidas pela estiagem. A agenda ainda inclui Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul. Os estados têm perdas consolidadas em culturas como soja e milho, cidades em situação de emergência e difculdades de abastecimento de água para animais e humanos. 


Tereza Cristina veio acompanhada de equipe do governo federal e se juntou a autoridades e entidades da agropecuária gaúcha como o vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e a secretária da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. O Rio Grande do do Sul soma perdas acima de 60% no milho e cerca de 25% para a soja. Logo depois do desembarque, a ministra seguiu para o distrito de Buriti, em torno de 18 quilômetros distante do centro do município, onde visitou a propriedade da Família Segatto. O empreendimento, de 50 hectares, deve ter prejuízo em quase totalidade dos 10 hectares plantados com milho, segundo informou o proprietário Dirceu Segatto à Rádio Sepé Tiaraju, de Santo Ângelo.


Depois da visita,  a ministra se reúne com as lideranças gaúchas ligadas ao meio rural na Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), onde receberá a pauta de reivindicações elaborada pelas entidades em conjunto com a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr) e a Famurs.


Entre as demandas apresentadas a ela estão crédito emergencial ao produtor, flexibilização de garantias aos produtores de leite, aquisição de alimentos da agricultura familiar via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), prorrogação das parcelas do Pronaf por 10 anos e descontos para a liquidação de dívidas ativas com a União, além da renovação do pedido de prorrogação do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para complementar o plantio da soja no Estado.


Somente no Rio Grande do Sul são mais de 170 municípios que já decretaram situação de emergência em função da estiagem. Para a imprensa que acompanha a visita a ministra disse que " não viemos dar falsas esperanças. Viemos ouvir para depois ver o que podemos fazer. O que não podemos ter é gente saindo da produção". Também destacou que uma comissão do Mapa já avalia as providências a serem tomadas.


"Anotei várias questões para levar a Brasília e agora vou dar um prazo à equipe. Produtor rural não é caloteiro. Ele paga a conta. Temos que arrumar maneiras para que ele não fique cada vez mais enterrado", enfatizou.

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