Se o fenômeno climático La Niña permitir, a Região Sul do Brasil poderá ser responsável por nada menos que 54% da produção da Segunda Safra de feijão. A afirmação é do Marcelo Lüders, o presidente do Ibrafe (Instituto Brasileiro de Feijão e Pulses), considerada a entidade mais representativa do setor de pulses e colheitas especiais do Brasil.
“Boas notícias da previsão do tempo. Segundo os meteorologistas, o calor dará uma trégua esta semana e choverá de forma generalizada na Região Sul. A temperatura ficará mais amena. Com isso, o plantio da segunda safra deslanchará rapidamente”, projeta o Ibrafe.
De acordo com Marcelo Lüders, acontece que “se fala muito que a estiagem está longe de solução, uma vez que há previsão de continuidade do La Niña. Para as regiões do Sul que ainda estão plantando, prevê-se calor excessivo para o final de janeiro e fevereiro, que se for confirmado poderá comprometer parte da produção da Região Sul”.
“Isto é relevante uma vez que cerca 54% de todo Feijão-preto e carioca da segunda safra é originado na Região Sul. Dos Feijões que têm sido comercializados, a maior parte é de notas 7 e 8 nas fontes. Poucos são os lotes que alcançam nota 9 até agora. Espera-se que a maior colheita em Minas Gerais esta semana possa abastecer o mercado para o período de final e início de mês”, afirma o dirigente.
MERCADO
Ainda de acordo com o Ibrafe, para aqueles que têm algum estoque, já está decidido: “Dá para esperar e esperar vai valer a pena. A quebra em relação à expectativa inicial não é algo ao redor de 25%, o que seria bastante. É mais que isso. Se você, os hectares plantados em 2022, na primeira safra de Feijão-carioca, foram de 13% a menos do que a média dos últimos 5 anos”conclui Marcelo Lüders.
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