terça-feira, 11 de janeiro de 2022

O novo visual do Hyundai Creta

 


Com opção de motor turbo flex, mantém o 2.0 aspirado para a versão topo, a Ultimate

Leandro Gameiro

O SUV compacto da Hyundai foi lançado em 2014, no Salão do Automóvel de Pequim, China. No Brasil, ele deu as caras em 2016, no Salão do Automóvel de São Paulo, e desde então vem fazendo história.  


Para este ano, o Hyundai Creta chega renovado e com opção de motor turbo flex, mas mantendo o conhecido 2.0 aspirado para a versão topo, chamada de Ultimate. Todas as versões vêm com câmbio automático de seis velocidades.  



O que o carro oferece?

Testamos a versão Platinum, considerada a topo com motor 1.0 turbo flex, que tem o preço sugerido na casa dos R$ 141.990. O motor 1.0 turbo flex é o mesmo do HB20, rende até 120 cv e 17,2 kgfm de torque. Em números, não parece muita coisa, mas pode acreditar: o conjunto é muito bem acertado e satisfatório quando se dirige.  


Vale dizer que todas as versões vêm com seis airbags de fábrica, e a versão Platinum oferece rodas de liga leve diamantadas de 17”, faróis de neblina dianteiros, volante revestido em couro na cor preta com costura na cor preta, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado automático digital, chave presencial, carregador sem fio, alavancas no volante para trocas de marcha, partida do motor por botão, saída de ar para os bancos traseiros e retrovisores externos com rebatimento elétrico automático.  


A versão Platinum também vem com sistema de concierge Bluelink, que permite alguns comandos e dados do carro no seu smartphone, além de teto solar panorâmico com funções one-touch (abertura e fechamento) e antiesmagamento, painel de instrumentos digital de 7”, painel com acabamento nas cores preto e marrom, bancos revestidos em couro sintético na cor marrom, câmera para monitoramento de ponto cego, freio de estacionamento eletrônico com auto-hold, alerta de presença nos bancos traseiros, banco do motorista com ventilação, câmera 360º, central multimídia de 10,25’’ e seleção do modo de direção.  




Impressões ao volante

Com todos esses itens, vocês já imaginam que a experiência foi muito bacana, cabendo até mesmo lembrar aqui daquela popular frase: “Quem vê cara não vê coração”. O novo Creta dividiu muito as opiniões, alguns acharam ele “exagerado”, outros acharam “feio”, mas na minha opinião ele é exótico e está um passo à frente dos designs atuais.


Em relação à versão anterior, ele evoluiu muito, e o painel digital, com a multimídia interativa de 10,25”, faz parte dos “mimos” que todos os carros deveriam ter em 2022. O lance de criar condutor e usuário, ou seja, poder criar um perfil para quando está dirigindo é muito bacana – ele emite som e imagem de boas-vindas –, ainda mais para quem compartilha o carro.  


Rodamos cerca de 300 quilômetros, entre cidade e estradas asfaltadas e de terra, dando para certificar que o nível de acabamento também evoluiu, comparado com a versão anterior. O motor tem bom desempenho e, por ter os modos de condução, ajuda bastante nas ultrapassagens, ainda mais se estiver no modo Sport (na cidade usamos o modo Eco). O novo modelo fez bons 8,3 km/l com etanol, já na estrada, com pouco movimento e andando na velocidade permitida, chegou a fazer 10,2 km/l com o mesmo combustível. Quando pegamos trânsito mais pesado e andamos pelo Centro de Campo Grande, a média caiu para 7 km/l, e na estrada com movimento considerável, a média caiu para 8,5 km/l, ainda com etanol.  



Vale a pena?  

Sem dúvida, o Hyundai Creta possui bons concorrentes, mas ele apresenta alguns itens a mais do que os rivais. Com certeza, vale o test drive.

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