segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Justiça autoriza pai acessar celular de filho que morreu atropelado no litoral de SP

 

IstoÈ


O juiz Guilherme de Macedo Soares, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Santos, litoral de São Paulo, concedeu ao pai de João Vitor Duarte Neves, de 20 anos, o direito de acessar o celular do jovem para rever fotos e vídeos. O rapaz morreu atropelado, em abril de 2021, enquanto andava de bicicleta na avenida Washington Luiz. As informações são do G1.


O advogado Marcelo Cruz entrou com uma ação para que a Apple permitisse que o pai tivesse acesso ao celular do jovem. Porém a empresa informou que não tem acesso às senhas dos dispositivos de seus clientes. O que poderia ser feito, por meio de autorização judicial, seria transferir os dados salvos no Apple ID (conta do usuário) do João para o iPhone de seu pai.


Após a autorização do juiz, o advogado afirmou que essa ação “se reveste de laços emocionais, na qual os familiares da vítima pretendiam e tinham o direito de ter acesso aos últimos momentos vividos e compartilhados com João”.


O caso

João Vitor Duarte andava de bicicleta pela avenida Washington Luiz, no Gonzaga, em Santos, quando foi atropelado.


O motorista, com 19 anos na época, afirmou que não percebeu o ciclista na via. O passageiro do banco dianteiro puxou o freio de mão ao perceber que um rapaz havia sido atropelado, segundo o condutor do veículo.


Em depoimento, o motorista disse que desembarcou do carro e prestou socorro. No entanto, essa versão é contestada pelos familiares da vítima.


O irmão de João, Bruno Gois, disse que “testemunhas informaram que viram o momento em que três pessoas fugiram do local. Tinha bebidas no carro, e falaram, também, que algumas foram jogadas no canal. Eles falam que prestaram socorro, mas não prestaram. Eles tentaram fugir”.


Os parentes afirmam que não foi feito o teste do bafômetro para detectar se o condutor do veículo havia ingerido bebida alcoólica. Apenas houve registro no boletim de ocorrência que o motorista não apresentava sinais de embriaguez.


O G1 entrou em contato com o motorista, que preferiu não comentar o caso. Ele alegou que sofre ameaças desde o dia do atropelamento.

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