segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

Beber água e se manter hidratado neste verão

 


Na estação do ano mais quente aumenta a transpiração e a perda de água e o corpo necessita mais líquido para se manter bem

O verão chegou e, junto com ele, as férias escolares de muita gente. Com isso, está aberta a temporada de ficar na praia, na piscina, no parque, no quintal sem fazer nada e descansar de 2021. Se você não está de férias, deve concordar que os finais de semana dessa estação do ano são convidativos para relaxar mais livremente.


Porém, todo esse clima bom não pode fazer você deixar de lado os cuidados com a saúde. O sol e o calor intensos, principalmente em um país tropical como é o Brasil, podem trazer danos sérios ao organismo. De acordo com os especialistas, a desidratação é o principal deles.



“Todos os seres vivos dependem da água e ela é fundamental para a vida humana. A frase no verão a gente transpira mais e, portanto, precisa mais de água é totalmente verdade. Tanto que a recomendação da OMS é que uma pessoa de 80 quilos mais ou menos beba entre 2,1 e 2,4 litros de água. Eu acho que para a realidade do país essa recomendação deveria ser de 3,5 a 4 litros”, ressalta Marcelo Cassio de Souza, nutrólogo do Hospital Moriah, em São Paulo.


A hidratação não é mantida apenas com a ingestão de líquidos, os alimentos, principalmente frutas, legumes e hortaliças também são compostos por água e auxiliam na manutenção do corpo saudável e com água. 


“Na alimentação rica em frutas, legumes e verduras a pessoa já está se hidratando, poderia atingir a quantidade necessária com a ingestão de água, água de coco e sucos. Mas tem de ser natural. Os refrigerantes não são indicados. Eles até têm água, mas têm o gás, o açúcar que é uma quantidade muito grande, e mesmo os sem açúcar tem os edulcorantes e adoçantes sintéticos que não fazem bem à saúde”, orienta o médico. 


Como perceber a falta de água no organismo?

Muita gente bebe água apenas quando sente sede, mas essa não é a escolha indicada. O corpo dá sinais da desidratação antes mesmo da sensação de sede. O primeiro deles é a cor da urina. “A diurese tem de ficar com cor de água mesmo ou chazinho bem ralo. Se começou a ficar com aquela cor que parece com cerveja ou guaraná está errado. Tem de beber mais água”, afirma o especialista.


A concentração do suor é o segundo fator apontado por Marcelo Souza para percebemos a desidratação. “A falta de água deixa as secreções da pele pior: a boca fica seca, o olho seco, o que atrapalha a visão, e a sudorese fica com um odor mais denso”.


Além disso, as pessoas também sentem dores musculares, efeitos neurológicos, com dores de cabeças intensas e irritabilidade, e no aparelho digestivo, cólicas abdominais, gazes e aumento da sensação de fome.


“O organismo desidratado começa a buscar água em todos os compartimentos do corpo e começa a retirar o máximo de água do tubo digestivo. Com isso as fezes ficam mais duras e consistentes e atrapalha o trânsito intestinal. Uma outra forma de o organismo dizer que está com a sensação de sede, que é a privação de água, é a sensação de fome, que é a privação de comida”, explica Souza.


Manter a hidratação do corpo também ajuda a evitar a retenção de líquido. “Uma das grandes funções da água é o transporte no corpo desde oxigênio até o sal e açúcar. Logo você tendo mais sal, você tem mais água. Muitas vezes o tratamento para a retenção é tomar água. Porque assim fica mais fácil do rim eliminar o sal e consequentemente a água que está grudada nesse sal”, observa o médico.

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