Na terça-feira (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou que foi confirmado o terceiro surto do fungo Candida auris no Brasil. O caso aconteceu em um hospital de Recife, em Pernambuco (PE). No dia 3 de janeiro, o órgão recebeu notificações sobre dois casos possíveis do superfungo. O Laboratório Central de Saúde Pública Prof. Gonçalo Moniz – Lacen/BA confirmou a identificação do fungo em um dos isolados. A Agência aguarda a finalização da análise do segundo caso isolado.
O laboratório fez as análises utilizando o Maldi-Tof (Matrix-Assisted Laser Desorption Ionization Time-of-Light). Este é um método que utiliza ionização para diagnosticar, de formaa rápida e eficaz, as proteínas de um fungo ou uma bactéria. Os dois casos investigados pela Anvisa são de um paciente do sexo masculino, de 67 anos, e de uma paciente do sexo feminino, de 70 anos. Este é o terceiro caso confirmado no país - o homem em Pernambuco e outros dois em Salvador.
Em nota, a Anvisa explicou porquê seria um novo surto."É importante esclarecer que, apesar de no momento haver só um caso confirmado e outro em análise no Brasil, pode-se considerar que há um surto de Candida auris porque a definição epidemiológica de surto abrange não apenas uma grande quantidade de casos de doenças contagiosas ou de ordem sanitária, mas também o surgimento de um microrganismo novo na epidemiologia de um país ou até de um serviço de saúde – mesmo se for apenas um caso", disse a nota.
A primeira infecção pelo "superfungo" no Brasil foi confirmada no dia 7 de dezembro de 2020. O paciente, no caso, tinha 59 anos, que estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na Bahia. Os sintomas, entre febre e cansaço, é semelhante ao de outras infecções. A direrença, porém, é que não é identificada nos exames de sangue comuns. Ou seja, é preciso realizar um exame laboratorial específico para a confirmação da presença do fungo.
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