Foto: divulgação
Por CADERNO B
Até o dia 30 de outubro e em 2 de novembro, a plataforma de streaming do Itaú Cultural exibe gratuitamente sete filmes que integram a 45ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Produções inéditas que retratam períodos e personagens históricos do país e contam histórias sobre as mudanças que a pandemia imprimiu à linguagem cinematográfica.
São elas: "Antígona 442 A.C.", de Maurício Frias, "O melhor lugar do mundo é agora", do ator e cineasta Caco Ciocler, "Meu tio José", do diretor Ducca Rios, "O circo voltou", de Paulo Caldas, "Memória sufocada", direção de Gabriel Di Giacomo, "Tarsilinha", dos cineastas Celia Catunda e Kiko Mistrorigo, e "Sars-Cov-2 – O tempo da pandemia", dos irmãos Eduardo Escorel e Lauro Escorel.
Programação complementar do festival, realizada de 27 e 29 de outubro pelo Itaú Cultural, a quinta edição do Fórum Mostra reúne importantes nomes da cultura e do cinema brasileiro, entre eles a atriz Andrea Beltrão e o ator e diretor Caco Ciocler. Durante três dias, cineastas, roteiristas, atores, jornalistas e gestores culturais debatem sobre os impactos da pandemia na economia criativa, as tendências das linguagens híbridas no audiovisual e a relação existente entre cultura e política. As atividades serão transmitidas ao vivo, às 11h e 15h, na página da Mostra no Youtube.
Filmes disponíveis
Nesta segunda (25), entra em cartaz na plataforma de streaming a ficção "Antígona 442 A.C." Dirigido pelo cineasta carioca Maurício Frias, o filme, inspirado em uma peça teatral do dramaturgo grego Sófocles, é protagonizado pela atriz Andréa Beltrão. No dia seguinte é a vez de O melhor lugar do mundo é agora, obra do consagrado ator Caco Ciocler, um retrato ficcional de uma época em que seria impossível fazer arte e cinema.
Na quarta-feira (27), é exibida a animação adulta "Meu tio José", do cineasta baiano, Ducca Rios. A história acontece a partir do assassinato de José Sebastião Rios de Moura, membro do grupo de esquerda Dissidência da Guanabara. Após retornar ao Brasil de um exilio que durou dez anos, ele é morto em um crime com fortes evidências de motivação política.
Na quinta-feira, fica disponível "O circo voltou", do diretor paraibano Paulo Caldas. O documentário revisita a história do circo no Brasil através da trajetória de Zé Wilson, um dos maiores mestres circenses do país. No dia seguinte, ingressa Memória sufocada, filme do cineasta paulista Gabriel Di Giacomo sobre a proximidade do Brasil atual com o período da ditadura militar.
No dia 30, sábado, o público pode acompanhar a animação infantil "Tarsilinha", dos diretores paulistas Celia Catunda e Kiko Mistrorigo. Inspirado na vida e na obra da artista visual brasileira Tarsila do Amaral (1886-1973), o filme mostra as aventuras de uma garotinha de 8 anos que embarca em uma jornada incrível para recuperar as memórias roubadas da sua mãe.
Para concluir a programação, dia 2 de novembro (terça-feira), entra em cartaz o documentário SARS-CoV-2 – O tempo da pandemia, dos irmãos de São Paulo, Eduardo Escorel e Lauro Escorel. O filme traz relatos de profissionais da linha de frente, atuantes em São Paulo e Manaus, sobre a experiência de ir ao encontro da Covid-19 para cuidar de pacientes e idosos.
*Os sete filmes da Mostra ficam disponíveis para assistir na plataforma Itaú Cultural Play sempre das 19h às 23h. As sinopses completas, fichas-técnicas e frames estão no arquivo anexo.
Fórum Mostra
Em mais um ano de parceria com o Itaú Cultural, a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo realiza, entre os dias 27 e 29 de outubro, a quinta edição do Fórum Mostra. A programação conta com duas mesas de debate por dia, às 11h e às 15h, e tem transmissão integralmente virtual pelo canal da Mostra no Youtube.
Nesta edição, os convidados abordam não apenas as novas questões mercadológicas e estéticas que se impuseram ao cinema no último ano e meio, como abarcam outros segmentos da cultura. Além de buscar decifrar o conturbado presente, as conversas procuram apontar respostas e saídas para o futuro.
No primeiro dia, os debates estarão centrados nos impactos da pandemia sobre o audiovisual, tanto em termos de linguagem quanto em termos mercadológicos. O tema de abertura, Novas telas, novas regras, tem as participações do diretor de relações institucionais e regulação do Grupo Globo, Marcelo Bechara, do sócio-diretor da distribuidora Vitrine Filmes, Felipe Lopes, e Andressa Pappas, diretora da Motion Picture Associaton (MPA). A mediação é da coordenadora do Fórum Mostra, Ana Paula Souza.
Na mesa Ainda é tudo cinema?, o debate conta com as presenças da atriz Andrea Beltrão, do ator e diretor do filme O melhor lugar do mundo é agora (2021), Caco Ciocler, e do produtor do longa-metragem Diários de Otsoga (2021), Luís Urbano. A mediação é de Guilherme Genestreti, editor-adjunto de Cultura da Folha de São Paulo.
No segundo dia do fórum são discutidas as novidades trazidas pelo online e a tendência das linguagens híbridas – algo que a pandemia não criou, mas aprofundou. A mesa A realidade animada, mediada pela roteirista Helen Beltramé-Linné, tem como debatedores o diretor do filme Meu tio José (2021), Ducca Rios, o diretor do longa-metragem Bob Cuspe – nós não gostamos de gente (2021), César Cabral, e a diretora da animação Tarsinha (2021), Célia Catunda.
A discussão seguinte, O online veio para ficar?, tem as participações da Fernanda Feitosa, diretora da SP-Arte, Arthur Nestrovski, diretor artístico da Osesp, e Renata de Almeida, diretora da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. Ana Paula Sousa é a responsável por mais essa mediação e pelas duas seguintes.
O último dia de atividades tem como principal foco a complexa e, por vezes tensa, relação entre a cultura e política. Começa com a mesa Cultura, Estado e burocracia, e conta com as participações do diretor do Itaú Cultural, Eduardo Saron, e dos gestores e pesquisadores, Alfredo Manevy e Claudinélli Moreira Ramos.
Para concluir o fórum, na mesa Política audiovisual: impasses e saídas, debatem Viviane Ferreira, diretora-presidente da SPCine, Carlos Augusto Calil, presidente da Sociedade Amigos da Cinemateca Brasileira, e Marcelo Ikeda, pesquisador em políticas públicas para o audiovisual.
Sobre a Itaú Cultural Play
Lançada em 19 de junho, dia da celebração do cinema brasileiro, a Itaú Cultural Play começou com um catálogo formado por 135 títulos dos 26 estados brasileiros e o Distrito Federal. Constantemente ampliado desde então, já ultrapassou a marca de 200 filmes disponíveis, entre ficção, documentários, séries documentais e de ficção, animações para crianças e para adultos, produções experimentais, entrevistas, palestras, curtas e longas-metragens.
Com acesso gratuito, a plataforma de streaming de cinema brasileiro é acessível para dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site itauculturalplay.com.br.
SERVIÇO:
ITAÚ CULTURAL PLAY - MOSTRA INTERNACIONAL DE CINEMA DE SÃO PAULO
Dias 25, 26, 27, 28, 29 e 30 de outubro e 2 de novembro
No site ou app.
Nenhum comentário:
Postar um comentário