Por G 1
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), enviou um ofício ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, no qual afirmou que o Brasil vive uma situação "dramática" em relação à pandemia e pediu a antecipação da entrega de vacinas por meio da Covax Facility.
O ofício foi enviado após o Senado ter aprovado uma moção de "apelo" à comunidade internacional para que o país possa adquirir mais vacinas contra a Covid-19.
Segundo o consórcio de veículos de imprensa, com base em dados das secretarias estaduais de Saúde, 8,32% da população brasileira foi vacinada contra a Covid até as 21h59 desta quarta (31). Isso representa 22,7 milhões de doses aplicadas (17,6 milhões de pessoas receberam ao menos uma dose, e 5 milhões, duas doses).
"A situação que enfrentamos é dramática. Dados confirmados pela OMS [Organização Mundial de Saúde] atestam que o Brasil se tornou o epicentro mundial da pandemia de Covid-19, com mais de 12 milhões de casos confirmados e 300 mil óbitos. Assistimos, consternados, a uma preocupante aceleração da curva de contágios", diz Pacheco no documento.
Na sequência do documento, o presidente do Senado afirma que o sistema de saúde do país está "no limite de suas capacidades".
Hospitais de todo o país estão superlotados; há milhares de pessoas com Covid nas filas de leitos de UTI; há relatos de profissionais da saúde de que faltam itens de proteção e insumos; e alguns estados enfrentam crise no fornecimento de oxigênio.
"À luz do exposto, encareço o especial apoio de vossa excelência [Guterres] ao pleito de que se examine, no âmbito da Covax Facility, a possibilidade de ajuste no cronograma de entrega vacinas do consórcio ao Brasil", escreveu o presidente do Senado no ofício.
A Covax Facility é iniciativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), da Coalizão para Promoção de Inovações em prol da Preparação para Epidemias (Cepi) e da Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi), em parceira com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Por fim, Pacheco diz a António Guterres que o secretário-geral da ONU pode ficar "à vontade" para fazer sugestões sobre "outras medidas de cooperação na área da saúde".
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