quinta-feira, 29 de abril de 2021

Estado gera mais que o dobro de empregos no primeiro trimestre

 




Foram 7.548 vagas criadas em 2020 e 15.850 postos de trabalho neste ano


Súzan Benites

Mato Grosso do Sul registrou saldo positivo na geração de empregos formais no primeiro trimestre deste ano. Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) apontam que no acumulado de janeiro a março o saldo de vagas foi de 15.850. 


O resultado é mais que o dobro (109,9%) no comparativo com o primeiro trimestre do ano passado, quando foram gerados 7.548 empregos.


No comparativo com o semestre imediatamente anterior, o crescimento é de 127,76%. De outubro a dezembro de 2020, o saldo foi de 6.959 vagas de emprego formal. 


De acordo com o doutor em economia Michel Constantino, um dos indicadores mais importantes que apontam a recuperação econômica é o saldo de empregos.  


“O Caged analisa o fluxo do saldo de empregos, pessoas entrando e saindo do mercado de trabalho, e a gente tem esse fluxo positivo aumentando de 2020 para cá".


"Essas vagas em sua maioria são ligadas ao comércio e aos serviços, o setor de serviços mais ainda. E o que isso quer dizer? Que tivemos um trimestre muito positivo”, explica o economista.


SETORES

Entre as atividades econômicas monitoradas, o setor terciário (comércio e serviços) é responsável por 69% das 15.850 vagas em 2021. 


Os serviços registraram 27.367 admissões e 19.723 desligamentos, saldo de 7.644 postos de trabalho, enquanto o comércio foi responsável por 3.378 vagas, resultado de 18.963 contratações e 15.585 demissões. 


Logo em seguida estão agropecuária (2.012), indústria (1.641) e construção (1.175).


“Em 2020 tivemos restrições de contato e de mobilidade e isso impactou diretamente no setor de serviços, porque tem a manicure, o turismo, a aviação, etc. É o setor mais forte da economia, então se ele cair cai toda a economia, e foi o que aconteceu no ano passado".



"Continua ainda em 2021, mas as restrições foram menores. Então o setor começou a se recuperar, ainda não totalmente, mas o retorno das contratações é o indicador que estava faltando” afirma Constantino.


“O segmento vai alavancar a economia neste ano, porque é responsável por 70% do Produto Interno Bruto [PIB] dos estados e do País. É fundamental que o setor volte a crescer".


"Com a aceleração da vacinação, a gente tem uma confiança maior, com isso as pessoas voltam a consumir e isso faz com que cresça a renda e o emprego, e principalmente alavanque a economia novamente”, completa o economista.  


Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor de serviços registrou alta de 0,7% em fevereiro no comparativo com o mês de janeiro. 


O setor voltou a crescer depois de variação negativa de -5,7% apresentada em janeiro.


MENSAL

Pelo terceiro mês consecutivo, Mato Grosso do Sul registrou saldo positivo na geração de empregos formais. Conforme os dados do Caged, divulgados ontem, em março o saldo de empregos ficou positivo em 5.152 vagas, resultado de 23.867 admissões e 18.715 demissões.  


“Em um período de pandemia, com todas as dificuldades advindas, nós temos muito a comemorar. No mês de março foram criados 5.152 novos empregos".


"Ou seja, mais de 5 mil pessoas que estavam desempregadas passaram a ter seus empregos formais. Isso é uma notícia extremamente positiva”, observou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.


O setor de serviços também puxou a geração de empregos no mês passado, sendo responsável por 2.555 vagas, resultado de 9.427 admissões e 6.872 desligamentos. 


“Quando a gente olha os setores de atividades econômicas, temos aí o de serviços como principal gerador de empregos, fruto da transformação e da adaptação que as micro e pequenas empresas estão fazendo para que consigam sobreviver".


"E com isso conseguiram gerar metade dos empregos do mês de março em Mato Grosso do Sul. É importante destacar essa diversidade da economia na geração de empregos”, comentou Verruck.


Ainda entre as atividades econômicas, o comércio foi responsável pela geração de 958 empregos em março. Na sequência estão agropecuária (798), indústria (574) e construção (267). No mesmo mês do ano passado, o saldo foi negativo em 281 empregos.


Campo Grande foi a cidade que mais contratou, com saldo de 1.327 vagas, na sequência Chapadão do Sul (318), Dourados (292), Costa Rica (257) e Três Lagoas (226). 


As cidades que mais fecharam postos de trabalho são Bataguassu (-71), Vicentina (-62), Juti (-34), Deodápolis (-12) e Paranaíba (-10). No comparativo nacional, o Estado é o oitavo com melhor resultado na geração de empregos.


 

NACIONAL

No País, o saldo de empregos com carteira assinada em março deste ano ficou positivo em 184.140 postos de trabalho. O resultado é decorrente de 1.608.007 admissões e 1.423.867 desligamentos.


“Temos excelentes notícias da economia. Todos os setores criaram empregos e todas as regiões criaram empregos”, afirmou o ministro Paulo Guedes durante coletiva. Guedes destacou que, dos mais de 184 mil empregos gerados, praticamente metade, 95 mil, foram empregos criados pelo setor de serviços. 


“O último setor que estava no chão se levantou. A economia brasileira segue criando empregos”, completou.


No mês de março, todos os grupamentos de atividades econômicas apresentaram saldo positivo.


 O setor de serviços foi o grande destaque, com a geração de 95.553 novos postos de trabalho formais, distribuídos principalmente nas atividades de administração pública, defesa e seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.

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