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O mercado vai precisar de todo o milho disponível para se manter, aponta a equipe de analistas da Consultoria TF Agroeconômica. De acordo com os especialistas, os lucros “já estão formidáveis”. “Aliás, o maior lucro do milho ocorreu em novembro. Nem sempre o maior preço contém o maior lucro”, ressaltam. Confira os fatores de alta e baixa projetados:
FATORES DE ALTA
*No Brasil grande escassez do produto continua impulsionando os preços que, nesta quinta-feira, atingiram R$ 97,96/saca na B3, cerca de R$ 2,96 acima do que tínhamos previsto para ser atingido em junho, sinalizando uma disponibilidade ainda menor do que o estimado inicialmente. No mercado físico, os preços atingiram R$ 93,00 nos Campos Gerais do Paraná e R$ 94,00/saca em São Paulo.
*O dólar elevado mantém a espada de Dâmocles sobre a cabeça dos grandes compradores, diante da constante possibilidade de grandes vendas para o mercado externo, se o dólar casar com Chicago e ambos elevarem os preços internacionais.
*Em Chicago, depois de permanecer durante dois meses andando de lado, as cotações subiram, surpreendidas pelo último relatório do USDA, mas voltaram a recuar nesta quinta-feira. Este movimento também ocorreu no mercado físico internacional, onde as cotações estão sistemativmente em queda nas últimas duas semanas, como mostramos em nossa secção de Mercado Internacional abaixo, embora ainda elevadas e lucrativas.
FATORES DE BAIXA
*Não há fator de baixa significativo a curto ou médio prazo, no Brasil, uma vez que: a) ainda faltam três meses para a entrada da safrinha; b) a cotação do dólar continua elevada; c) as primeiras estimativas para a próxima Safrinha são de recuo na produção, diante de um grande percentual de plantio (25%) fora da janela ideal, com risco de não receber chuvas suficientes justamente na fase de enchimento de grãos. Ouvimos no mercado estimatida de que a produçao brasileira de milho poderia cair de 110 MT para 105 MT na safra 2021/22. Isto deverá manter os preços elevados e grandes lucros para os produtores que conseguirem colher milho Safrinha.
“O único fator que poderia limitar a alta são os custos da produção de carnes, leite e ovos que estão muito elevados, com fortes reações das respectivas associações, algumas tentando recorrer ao governo, algo que não recomendamos. Deve-se procurar soluções de mercado e deixar o governo de fora disto. Já basta o que estamos vendo na Argentina. Aliás, a principal função de uma Associação de Produtors é buscar mercado para os produtos de seus associados e não apenas fazer lobby”, conclui a TF.
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