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No mês de março, dentre as frutas analisadas, destaca-se a redução generalizada de preços para a maçã e aumento das cotações do mamão, salvo nas Ceasas da Região Nordeste. Banana, laranja e melancia não apresentaram comportamento uniforme de preços. Os dados constam no 4º Boletim Prohort divulgado nesta quinta-feira (15), pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
A maçã e o mamão que tiveram comportamentos opostos. Enquanto a primeira ficou mais barata em todas as centrais analisadas, a segunda teve elevação das cotações, chegando a quase triplicar de preço em Goiânia com alta de 144,85%, cerca de 98% em Belo Horizonte e 54% em Curitiba.
A queda nos valores comercializados da maçã segue os motivos das reduções nas hortaliças, uma maior oferta nas regiões produtoras, principalmente com a intensificação da variedade Fuji, combinada com a demanda mais fraca. A maior queda foi no Rio de Janeiro, com -36%.
Para o mamão, apesar da diminuição pela procura do produto, a queda da colheita na maioria das regiões produtoras foi determinante para a alta. A expectativa é que em abril ocorra um aumento no volume do produto disponível no atacado, já que há expectativa de amadurecimento precoce de frutas no oeste baiano, devido ao calor projetado para a região pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Na banana houve elevação da oferta em quase todas as Ceasas e queda de preços na maioria delas. Isso se deu em decorrência do aumento do volume colhido de banana nanica, no fim do mês, na microrregião de Registro/SP, da banana prata na microrregião de Janaúba/MG e da queda da demanda no cômputo nacional, o que provocou pressões negativas sobre as cotações.
A laranja teve leve alta da comercialização conjugada a pequenas elevações de preços, em virtude da boa qualidade das frutas comercializadas. Por isso, apesar da demanda mais fraca devido, principalmente, às medidas restritivas para fazer face à pandemia, essa leve alta da oferta no atacado não significou queda generalizada de preços.
Por fim na melancia houve registro de pequenos aumentos de oferta aliados à queda de preços em diversas Ceasas (na Ceagesp ocorreu o contrário). Restrições de renda e de demanda, num contexto de novas medidas para disciplinar a circulação de pessoas em meio à pandemia, contribuíram para esse resultado. Não é esperado aumento significativo da oferta no próximo mês.
O volume total de frutas exportado no primeiro bimestre de 2021 foi de 160,37 mil toneladas, abaixo 1,71% em relação ao acumulado no mesmo período do ano anterior, e o valor auferido foi US$ 131,47 milhões, 1,4% abaixo para o mesmo período. Destaque para o crescimento do volume das exportações de melancias, mangas e maçãs e queda de limões e limas, bananas, melões e mamões.
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