sexta-feira, 9 de abril de 2021

Gaeco cumpre mandados em ONG suspeita de lavar dinheiro na gestão Bernal

 


Para enganar Poder Público, empresas de fachada foram construídas e documentos foram falsificados

Thais Libni


O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), juntamento com  Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC)  realizaram nesta sexta-feira (9), a Operação “Moradia”, que objetivou o cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão na Capital ligados as irregularidades das obras da Organização Não Governamental (ONG) Morhar.


A operação é oriunda de Inquérito Civil (IC) que tramita perante a 31ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social de Campo Grande e investiga irregularidades em construções de casas populares destinadas a moradores de antigo lixão da favela Cidade de Deus, decorrente do contrato público firmado pela Prefeitura Municipal de Campo Grande no mandato de Alcides Bernal.


A ONG firmou convênio no valor de R$ 3,6 milhões com a prefeitura em 2016 durante a gesatão do ex-prefeito Alcides Bernal, (desse total, R$ 2,7 milhões foram efetivamente pagos à entidade), deveria ter operado em sistema de mutirão assistido, ou seja, supervisionado a construção das casas, que seriam erguidas pelos próprios moradores depois que passassem por treinamento e capacitação. 


Os moradores da antiga favela foram encaminhados para quatro áreas nos bairros Vespasiano Martins, Jardim Canguru, Pedro Terual (ao lado do Dom Antônio Barbosa) e Loteamento Bom Retiro (atrás da Vila Nasser).


As obras dos loteamentos nunca foram concluídas e, com o término do convênio em dezembro de 2016, a parceria com a prefeitura foi extinta, uma vez que a Morhar “entregou” apenas 42 das 328 casas prometidas.


Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos de Campo Grande, durante a operação foram apreendidos, documentos, agendas, registros contábeis, anotações, comprovantes de movimentações bancárias, cheques emitidos, computadores e notebooks.


Para a prestação de contas ao Poder Público, empresas de fachada foram constituídas e documentos foram falsificados constatou a investigação.


Com  informação do Portal Correio do Estado

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