Por Adriano Moretto
Através de uma carta, Fahd Jamil Georges diz ser perseguido por criminosos e vive atualmente sustentado pelos filhos.
O 'Rei da Fronteira', como é conhecido, estava foragido desde junho do ano passado, quando foi alvo da Operação Ormetà e se entregou na manhã desta segunda-feira (19/4) à polícia no Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande.
Em documento distribuído pela defesa composta pelos advogados André Borges e Gustavo Badaró e que o Dourados News teve acesso, Fahd conta ter colaborado "para o equilíbrio da segurança da região da fronteira" e, atualmente se encontra "idoso, doente e sob perseguição de traficantes", além de viver aposentado e sustentado pelos filhos.
Na mesma carta, cita não ter antecedentes criminais. "Por isso tudo, pretendendo zelar pelos meus direitos nos processos
em curso, tomei a decisão de me apresentar na unidade local do Garras, em mais uma atitude de consideração pelos poderes
públicos em geral".
Fahd é réu por organização criminosa, tráfico de arma de fogo, obstrução de Justiça e corrupção.
Após se entregar aos policiais, ele foi encaminhado a sede do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), na Capital.
Confira a carta na íntegra
FAHD JAMIL INFORMA
Sou um homem idoso, doente e sob perseguição de traficantes.
Estou aposentado e vivo sustentado pelos filhos.
Não tenho antecedentes criminais (certidão negativa).
É bastante divulgado que sempre colaborei para o equilíbrio da
segurança na região da fronteira.
Minha história de vida revela permanente respeito e colaboração
com as autoridades em geral, pela importância das atribuições que
elas exercem.
Por isso tudo, pretendendo zelar pelos meus direitos nos processos
em curso, tomei a decisão de me apresentar na unidade local do
Garras, em mais uma atitude de consideração pelos poderes
públicos em geral.
Doravante meus advogados Gustavo Badaró e André Borges
falam por mim e me representam legalmente.
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