A classificação de grãos feita na origem, também chamada de FOB pelas classificadoras, é essencial para garantir que a carga corresponda às especificações contratadas, assegurando a qualidade do grão, uma melhor gestão operacional e a redução de custos. Na modalidade FOB o classificador é contratado pelo comprador para ir até o local de embarque do grão emitir o laudo de classificação.
O classificador acompanha o carregamento, coleta a amostra, classifica os grãos e emite laudos de classificação. O processo, no entanto, não para aí. A classificação pode ocorrer várias vezes dentro da cadeia logística, desde o momento em que sai da fazenda até o embarque no navio, se for para exportação.
Em cada etapa do processo, cada vez que a carga muda de modal é aferida a qualidade novamente dos grãos. Uma carga de soja, por exemplo, pode chegar a ser classificada sete vezes, dependendo do tipo de transporte que será realizado até o destino final, como caminhão, barcaça, vagão, navio.
Todo esse trabalho de classificação requer equipamentos e instrumentos de última geração, como determinador de umidade, balanças eletrônicas, peneiras, entre outros itens que compõem o kit. Alguns desses instrumentos, especialmente os medidores e balanças, devem estar aferidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Segundo a diretora comercial e de marketing da LocSolution, Manoella Rodrigues da Silva, os procedimentos para classificação de grãos devem ser realizados de forma transparente e confiável, até porque as classificadoras se responsabilizam toda vez que emitem um laudo de qualidade. Por isso, a eficiência operacional e a qualidade do grão são importantes em todos os processos de classificação.
Qualidade do grão - A qualidade dos grãos é medida com base em determinadas características como umidade, grãos avariados, partidos, quebrados, esverdeados e amassados, matérias estranhas e impurezas, entre outros critérios de avaliação. Os parâmetros qualitativos são representados pelos defeitos e, os quantitativos, pelos níveis de tolerância desses defeitos, que são expressos em percentuais.
Se o destino do grão for a exportação, o padrão de qualidade deve seguir as normativas da Associação Nacional de Exportadores de Cereais (Anec). Os contratos ANEC 41 e 42, específicos para exportação de soja, são baseados nas normativas brasileiras, que garantem aos importadores os padrões de qualidade da commodity e estão presentes nas negociações de venda.
Fob vem da sigla em inglês de Free on board, que significa “livre a bordo”, onde toda a responsabilidade pelo transporte da mercadoria é do cliente, incluindo os riscos e os custos.
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