A suinocultura da China volta viver momentos de tensão. Um novo surto de peste suína africana acomete o norte do país. Oficialmente, o Ministério da Agricultura do país confirmou oito surtos da doença no primeiro trimestre, com foco em pequenas fazendas ou em porcos em trânsito no sul. Foram os primeiros casos depois de três meses sem nenhum relato no país.
Segundo a Reuters, no norte e nordeste, cerca de 20% a 25% do rebanho reprodutor teria sido afetado por causa dos surtos. A informação foi dada por um fabricante de rações local que ainda estima que, na província de Henan, a terceira maior produtora de suínos do país, entre 20% e 30% das matrizes tenham sido eliminadas. Também haveria um surto no sudoeste, na província de Yunnan.
As autoridades chinesas haviam informado que o rebanho de porcas cresceu 1,1% em janeiro em relação a dezembro e mais 1% em fevereiro. O impacto do vírus havia diminuído no final de 2019, à medida que o número de porcos caiu e grandes produtores aprenderam a minimizar sua disseminação removendo dos rebanhos com mais rapidez os animais infectados.
No início de março, o surgimento de uma nova cepa do vírus na China já preocupava as autoridades do país. Naquele período, estimava-se que a nova variante tinha causado a morte de até oito milhões de animais.
Desde o início do primeiro caso de PSA na China, em agosto de 2018, é incontável o número de suínos mortos pela doença. Estima-se que tenha aproximado 1 bilhão de animais. Em 2020 o rebanho suíno chinês cresceu para 406,5 milhões de cabeças ao final de dezembro, de 370,39 milhões ao final de setembro.
Clonagem seria solução?
Segundo a agência chinesa Xinhua, pesquisadores locais usam a clonagem para gerar porcos livres da contaminação pela PSA. São usadas células das orelhas dos suínos que já resultaram em cinco clones, na província de Jiangsu. O método é visto como uma alternativa para preservar e fortalecer os recursos genéticos suínos, ameaçados pela epidemia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário