quinta-feira, 15 de abril de 2021

Benefícios do abacate

 




conquistesuavida

Uma das frutas mais consumidas na gastronomia mundial, o abacate, além de delicioso -pode ser usado tanto em receitas doces como salgadas- se destaca bastante por seus poderes medicinais e benefícios à saúde. Rico em fitonutrientes, substâncias naturais da planta que funcionam como nutrientes, o alimento ajuda o organismo na prevenção de doenças cardiovasculares e, até mesmo, alguns tipos de câncer.


Vitaminas do abacate são muito benéficas para a saúde


Os fitonutrientes presentes no abacate, recentemente descobertos em pesquisas científicas, são o betassitosterol e a glutatoína. O betassitosterol auxilia na redução dos níveis de colesterol, enquanto a glutatoína age como um antioxidante em defesa do organismo. "Os antioxidantes ajudam o corpo a neutralizar a ação dos radicais livres, os quais têm sido apontados como um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares e do câncer. O abacate é uma das melhores fontes de glutatoína e pode oferecer certa proteção contra o câncer oral, de garganta e outros tipos", disse a nutricionista Sheila Basso, especialista em obesidade, emagrecimento e saúde, da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). A profissional destaca mais alguns aspectos benéficos do alimento para a saúde:


"Os abacates, assim como outras frutas e vegetais, contém vitaminas A e do complexo B e alguns sais minerais como ferro, cálcio e o fósforo. Eles são ricos em vitaminas E e C, potentes antioxidantes que ajudam a promover a saúde dos dentes e das gengivas, e também protegem os tecidos do corpo de danos oxidativos. Além disso, a presença de folatos (vitamina do complexo B) no abacate promove o desenvolvimento saudável das células e dos tecidos", enfatizou.


Abacate engorda? Fruta possui gordura que faz bem

Muitas vezes excluído de dietas e regimes de emagrecimento, por conta de seu alto valor calórico, pouca gente sabe que maior parte da gordura do abacate pode fazer muito bem para saúde, desde que seja consumida de maneira equilibrada. Isso porque, a maior parte da gordura do alimento é monoinsaturada, o que ajuda a equilibrar os níveis de colesterol no sangue.


"O abacate é rico em ácidos graxos monoinsaturados, motivo pelo qual protege a saúde cardiovascular, por proporcionar diminuição na concentração de lipoproteínas de baixa densidade (LDL colesterol) e um aumento na concentração de lipoproteínas de alta densidade (HDL colesterol)", disse a Dra. Sheila, explicando que cerca de 100 g de abacate contêm aproximadamente 170 a 180 calorias, sendo que 85% dessas calorias vêm da gordura presente na polpa.


Segundo a nutricionista, outros estudos da área também apontam que o consumo de abacate associado a carboidratos proporciona um menor índice glicêmico da refeição, auxiliando assim no controle da glicemia em diabéticos. Outro benefício do alimento é a capacidade dessa fruta em melhorar a biodisponibilidade de vitaminas lipossolúveis.


Óleo de abacate também é nutritivo

Muito semelhante ao óleo de oliva, o óleo de abacate também se destaca pela excelente qualidade nutricional. Por ser extraído da polpa dos frutos e pela similaridade de suas propriedades físico-químicas, alguns estudos apontam a iguaria como uma rica fonte de betassitosterol e de ácido oleico, uma gordura insaturada utilizada como coadjuvante no tratamento das hiperlipidemias (aumento de gordura no sangue e que pode gerar problemas no coração).


"O controle das doenças cardiovasculares pode ser feito com o auxílio de medicamentos ou através da dieta como forma de prevenção. Recomendações recentes sugerem que o consumo de grãos, frutas e vegetais deve ser aumentado para se prevenir ou tratar essas doenças, e dentre os possíveis componentes destes alimentos que teria ações de reduzir o colesterol destacam-se as proteínas vegetais, as fibras e alguns compostos fitoquímicos como o caso do óleo de abacate", finalizou Sheila Basso.


*Sheila Basso (CRN 21.557) é especialista em nutrição clínica e em obesidade, emagrecimento e saúde pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Nenhum comentário: