Por: AGROLINK -Leonardo Gottems
Uma pesquisa feita nesta segunda-feira pelo Departamento de Análise da TF Agroeconômica encontrou que, das 2,0 milhões de toneladas de trigo produzidas nesta safra pelo Rio Grande do Sul, já foram vendidas 950 mil toneladas para a exportação, mais 150 mil toneladas para outros estados e 300 mil toneladas para os moinhos do próprio estado, somando 1,4 milhão de toneladas já comprometidas. Isto deixaria ainda por comercializar apenas 600 mil toneladas.
“Considerando que os moinhos entraram no ano com estoque de um mês, já compraram para mais 2 meses e meio e, se não sair mais nada do estado para fora, haveria disponibilidade para mais cinco meses e meio, totalizando 8 meses, dos 12 que compõe o ano comercial. Faltariam, então, 4 meses de consumo (algo como 432 mil toneladas) mais um mês de “passagem” para a safra nova, o que totalizaria uma necessidade de importação de 540 mil toneladas no estado”, comenta.
Em Santa Catarina, os preços de lote não caem. “Os preços da pedra, pagos aos agricultores, estão entre R$ 1.270 e R$ 1.300,00, os preços do mercado de lotes tem que ser mais altos e isto mantém elevados os preços no estado, embora sempre sendo comparados com os preços dos estados vizinhos. Por outro lado, este é o preço de aquisição das cooperativas, que lamentam apenas que a safra não seja maior”, completa.
O Paraná produziu 3,08 milhões de toneladas e já comercializou 70%, restando ainda 900 mil toneladas disponíveis. “Estima-se que, destas, ficaram dentro do estado cerca de 1,9 milhões de toneladas, suficientes para 9 meses de moagem, já adquiridas. Com isto, haveria ainda uma disponibilidade de 900 mil toneladas. Se nada mais sair do estado (o que será difícil, diante dos déficits de SC e RS, MG, GO), este volume seria suficiente para mais 3 meses de moagem e um mês de “passagem”. Mas, como dissemos, teremos que ver o que realmente irá sobrar, diante da disputa por trigo paranaense daqui por diante”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário