Foto:Divulgação
Com o objetivo de solucionar um problema recente na realidade brasileira de biocombustíveis, o ISI Biomassa (Instituto Senai de Inovação em Biomassa) e a Sinochem, estatal chinesa com empresas em diversos setores, deram início, nesta terça-feira (06/08), ao “Projeto ZEA2G – Desenvolvimento do Processo de Produção de Etanol 2G a Partir de Resíduos do Milho e Integração com a Produção de Etanol 1G”, que utilizará como matéria-prima os resíduos da produção de milho.
Na avaliação do diretor-regional do Senai, Rodolpho Caesar Mangialado, o evento reforça a importância de a instituição estar cada vez mais envolvida em parcerias para o desenvolvimento de projetos de inovação que atendam as empresas. “Entendemos que o início dessa parceria com a Sinochem indica que estamos alçando grandes voos em desafios, pesquisas e inovações, demonstrando o potencial do Senai com relação ao desenvolvimento de pesquisa e inovação e nossa capacidade para atendimento de empresas não só do Mato Grosso do Sul, como do Brasil e do mundo”, afirmou.
Segundo a diretora do ISI Biomassa, Carolina Andrade, o projeto consistirá no trabalho de uma biorrefinaria de milho. “É um projeto em parceria com a Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) que será distribuído em cinco etapas e deve ser entregue em um prazo de 12 meses. É um grande desafio, mas é também mais uma oportunidade para mobilizarmos mais pesquisadores e podermos fazer grandes contribuições para o setor de inovação e bioeconomia”, considerou.
O especialista em biocombustíveis e desenvolvedor de novos negócios da Sinochem Petróleo Brasil, João Monnerat, explicou que no Brasil sempre teve um paradigma de utilizar a cana-de-açúcar como matéria-prima principal para o etanol. “No entanto, devido às regionalidades, de dois anos para cá, começamos a observar que em algumas regiões, principalmente o Centro-Oeste, era muito mais interessante a utilização do milho, tanto do ponto de vista econômico, quanto ambiental. O milho é produzido na safrinha da soja e é difícil escoar para o litoral para ser exportado, então, é melhor gerar emprego e renda na região, que na maioria das vezes é deficitária em energia”, detalhou.
Ele acrescentou que a tecnologia do etanol do milho é bem estabelecida nos Estado Unidos, mas no Brasil é uma algo relativamente novo. “Estamos tentando trabalhar aqui a valorização dos coprodutos de etanol de milho e ganho de eficiência no processo. Pela Sinochem é muito importante porque estamos inseridos em toda a cadeia, com empresas tanto na área de agricultura como energia”, destacou.
Ainda conforme João Monnerat, a ideia do projeto é utilizar resíduos da produção do milho e valorizar os coprodutos da produção. “Nós produzimos farelo de milho e esse farelo pode ter um valor maior ou menor, de acordo com a forma como é tratado. Então estamos tratando da eficiência para gerar mais etanol como também para gerar mais valor para a empresa com um coproduto valioso”, finalizou.
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