Estadão
Depois de protagonizar um grande susto na prova de Concurso Completo de Equitação (CCE) dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, no último sábado, o cavaleiro Ruy Fonseca continuará por pelo menos mais 24 horas em observação no hospital de referência do evento. A informação é do Comitê Olímpico do Brasil (COB), que acrescentou que o atleta está fora de qualquer risco.
Ruy Fonseca sofreu uma queda das mais impressionantes devido a um tropeço de seu cavalo, Ballypatrick SRS, em um obstáculo, acidente que acabou resultando em fraturas em três costelas e no ombro esquerdo do cavaleiro.
Por causa da fratura no ombro - na altura do osso úmero proximal do braço esquerdo -, o brasileiro terá que passar por cirurgia, segundo recomendação da equipe médica do COB. Ainda aguardando liberação clínica, os médicos vão decidir se o procedimento será realizado no Peru ou no Brasil.
"O atleta foi avaliado neste domingo pela equipe do hospital, juntamente com o médico do Time Brasil, que o acompanha desde o momento do acidente, Dr. Mateus Saito. Ruy está estável e não apresenta nenhum risco, mas o protocolo pede que se mantenha monitoramento por conta de contusão pulmonar causada pelo trauma em seu tórax", informou a nota do COB.
O cavalo Ballypatrick SRS tropeçou em um dos obstáculos na prova de cross-country do CCE e caiu sobre Ruy Fonseca. Após a queda, o atleta de 46 anos ficou deitado no gramado antes de deixar a pista, o que gerou preocupação. O cavaleiro logo recebeu assistência dos médicos do Time Brasil, além dos profissionais da organização dos Jogos. Depois, foi levado ao hospital, onde foi examinado e recebeu o diagnóstico da fratura nas costelas e no ombro.
A prova de CCE reúne três modalidades do hipismo: adestramento, cross-country e saltos e, mesmo sem Ruy Fonseca, conseguiu a medalha de prata neste domingo e uma vaga nos Jogos Olímpicos de Tóquio no ano que vem. Depois de abrir a sua participação no adestramento com uma terceira posição no último sábado, a queda e a consequente eliminação de Ruy poderiam complicar a situação brasileira, mas o resultado dele foi descartado e o time nacional ainda conseguiu subir para a segunda posição, ultrapassando o Canadá.
Neste domingo, com os cavaleiros Rafael Losano, Marcelo Tosi e Carlos Parro, em apresentações que deixaram o Brasil com 122.1 pontos perdidos, atrás apenas dos Estados Unidos (91,2), o País garantiu a prata na competição de saltos. O Canadá ficou com o bronze (183,7).
Outra boa notícia após a queda de Ruy foi o bronze de Carlos Parro no individual do CCE, montando Quaikin Qurious. Boyd Martin e Lynn Symansky, ambos norte-americanos, ficaram respectivamente com o ouro e a prata.
Nenhum comentário:
Postar um comentário