sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Homem morto por pistoleiros era filho de ex-bombeiro condenado

 

                                              Foto; Reprodução


Alysson Larson Marques, executado por dois pistoleiros por volta de 11 horas desta quinta-feira, dia 09 de dezembro, em Ponta Porã, cidade localizada na região de fronteira com o Paraguai, era filho do ex-bombeiro militar de Mato Grosso do Sul, Ales Marques, 61 anos, narcotraficante que ficou famoso na fronteira por planejar atentados contra juízes federais.


Condenado em outubro de 2011 a 22 anos e 13 dias de reclusão e à perda do cargo público, Ales Marques cumpre pena em regime fechado.


Ales Marques foi preso em flagrante em julho de 2010 e teve a prisão preventiva decretada em outubro do mesmo ano, durante a Operação Maré Alta. Na época, o MPF denunciou 18 pessoas da quadrilha, inclusive, a ex-mulher e os filhos do então militar, todos presos na época.


Segundo a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), a quadrilha abastecia mercados consumidores de drogas em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o site Campo Grande News, a cocaína vinha do Paraguai pela fronteira seca entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã.


Na sentença em que condenou o ex-bombeiro em 2011, a Justiça considerou a “personalidade desvirtuada” dele e citou diálogo no qual Ales Marques afirmou que iria “mostrar quem ele é”, que iria “fazer limpa na fronteira” e não pouparia nem filhos, nem mulheres de seus desafetos.


Em fevereiro daquele ano, enquanto estava recolhido no Presídio Militar de Campo Grande, Ales Marques foi considerado ameaça à segurança de juízes federais e de outras pessoas. O temor cresceu após investigação revelar que, apesar de oficialmente preso, ele foi visto fora do presídio.



Marques saiu em viatura da Polícia Militar com um capitão e mais dois policiais para “diligência”, até uma chácara em Campo Grande. Esse episódio fez o MPF pedir a transferência dele para presídio federal fora do Estado.


As investigações revelaram na época que Ales, mesmo preso, arquitetava a morte de desafetos e de juízes federais que atuavam nos processos nos quais era acusado de liderar quadrilha de tráfico internacional de drogas. 


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