segunda-feira, 7 de junho de 2021

Prefeitura de Campo Grande quer arrecadar R$7,5 milhões com venda de 18 áreas

 

Após cobrança de mais transparência, município refez proposta para vender terrenos e fazer caixa

Eduardo Miranda

A Prefeitura de Campo Grande pretende arrecadar R$ 7,5 milhões com a venda de 18 áreas públicas. A intenção de vender terrenos existe desde o mês de abril, mas o projeto enviado naquele mês esbarrou na falta de informações prestadas aos vereadores ao chegar à Câmara Municipal.


Desta vez, o Poder Executivo enviou uma nova proposta, com 18 áreas à venda, e não 19, como previsto anteriormente. Há áreas em regiões nobres, como os bairros Carandá Bosque e Chácara Cachoeira e o centro da cidade.  


A nova versão do projeto chegou à Câmara Municipal na semana passada, e a partir desta terça-feira deve começar a tramitar na Procuradoria Jurídica e nas comissões permanentes da Casa.  


O secretário de Finanças do município, Pedro Pedrossian Neto, explicou que os recursos arrecadados com a venda dessas 18 áreas, desde que aprovada pela Câmara, vai para uma conta chamada “alienação de bens”. “Esse recurso só pode ser usado para fazer investimentos. Não pode pagar pessoas, fazer custeio da dívida, entre outras coisas”, detalhou.  


Milhões de reais

Somadas, as avaliações mínimas das 18 áreas que foram colocadas à venda totalizam R$ 7,5 milhões. A área mais bem avaliada está localizada no centro da cidade, e a venda partirá de um valor de R$ 2,28 milhões. Há terrenos em todas as regiões de Campo Grande.



ÁREAS E VALORES

Entre as áreas que a prefeitura pretende vender, a que tem a maior avaliação é uma localizada no Bairro Amambaí, no cruzamento da Avenida Ernesto Geisel com a Rua Marechal Cândido Mariano Rondon. O local, onde atualmente há um estabelecimento comercial, está avaliado em


R$ 2.284.085,88 e tem uma área de 1,12 mil m².


A segunda área mais bem avaliada é um terreno localizado na Avenida Gunter Hans e na Rua Lúcia Martins Coelho, no Jardim Ouro Verde. O local, de 2,08 mil m², pode abrigar de conjuntos habitacionais a grandes galpões para estabelecimentos comerciais e, segundo o município, pode valer de R$ 844,5 mil a R$ 1 milhão.  


 

A terceira área com maior avaliação tem 3,1 mil m² e está localizada na região dos bairros Leblon e Coophamat. O parcelamento chama-se Jardim dos Boggi, e a prefeitura avalia o terreno em R$ 925,940,49.  


Um terreno localizado na Rua Joselito, próximo à Avenida Hiroshima, no Carandá Bosque 1, será colocado à venda por R$ 394,8 mil. A região é uma das que passam por uma expansão imobiliária na cidade.  


Também há uma área no cruzamento da Avenida Três Barras com o Anel Viário por R$ 618,6 mil. Ainda há áreas à venda na Vila Planalto, no Santo Antônio, no Jardim Aeroporto, no Atlântico Sul, no Maria Aparecida Pedrossian e no São Bento a valores menores.  


Em relação ao projeto anterior, quando eram 19 áreas colocadas à venda, somente um terreno, localizado no Bairro Zé Pereira, foi excluído da lista.  


 

CACHOEIRA

A falta de detalhes do primeiro projeto, enviado à Câmara em abril, criou dúvidas em quem realizava a análise. Uma área pública no Bairro Chácara Cachoeira, na Rua Raul Pires Barbosa, de 15,8 m², não aparecia com laudo de avaliação na primeira versão, o que abriu margem para cogitar que um terreno muito maior, avaliado em quase R$ 29 milhões, estivesse entre os colocados à venda.  


 

MENSAGEM

Na mensagem aos vereadores, o prefeito de Campo Grande, Marcos Trad, disse que tratam-se de imóveis não utilizados pelo município e que também não há projetos para a utilização dos mesmos.


Caso aprovado pela Câmara e sancionado pelo prefeito, o projeto permitirá a venda dos imóveis, e os proprietários dos lotes vizinhos terão prioridade na aquisição.


Com informação do Portal Correio do Estado

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