quarta-feira, 16 de junho de 2021

Milho cai abaixo de R$ 90

 



Proximidade da safrinha no Brasil, apesar de seus atrasos, pressiona
Por:  -Leonardo Gottems


No segundo dia da semana o mercado futuro do milho na Bolsa B3, de São Paulo, demonstrou novamente um grande recuo nos contratos de milho, com mais de quatro por cento de queda no vencimento do mês de Setembro. De acordo com a Consultoria TF Agroeconômica, isso somente “mostra a força que dados da safra americana possuem no mercado”. 



“Não somente isto, mas também, a proximidade da safrinha aqui no Brasil, que apesar de seus atrasos e, talvez, por isso, pressiona as cotações físicas e posições financeiras. Pesam também sobre o mercado, as importações de milho argentino, estimadas em 750 mil toneladas, que começam a chegar ao país e abastecer os grandes consumidores, diminuindo a demanda e arrefecendo, assim, os preços do mercado físico”, explicam os analistas de mercado.


Com isto, o fechamento foi mais uma vez negativo, com a cotação do mês de Julho caindo R$ 1,15/saca, para R$ 88,83. Já a de Setembro acabou recuando R$ 1,12, para R$ 89,72, enquanto a de novembro foi recuando R$ 1,29, para R$ 90,68.


CHICAGO


Ainda de acordo com a TF Agroeconômica, compras de oportunidade após as quedas significativas permitiram ganhos na primeira posição. “As perspectivas climáticas parecem favoráveis ao desenvolvimento das lavouras nos EUA, com chuvas que amenizariam as condições de estiagem e reduziriam as temperaturas, gerando quedas no restante da faixa de preços. Com isto, os futuros do milho caíram para os meses restantes e ressurgiram no final do dia, já que um clima mais frio e úmido foi novamente esperado no Meio-Oeste dos EUA e contra os futuros mais fracos do trigo, que afastaram o interesse de compra de milho em potencial”.

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