terça-feira, 8 de outubro de 2024

Senado avalia hoje indicação de Gabriel Galípolo para presidência do BC

 

                                           Gabriel Galípolo (Foto: Divulgação )



Os senadores analisam nesta terça-feira (08) a indicação de Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central, para assumir a presidência da instituição a partir de janeiro de 2025. A expectativa é de que a aprovação do nome seja feita de forma tranquila, com ampla aceitação entre os senadores e respaldo do mercado financeiro.


Galípolo foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em agosto deste ano, confirmando o favoritismo para o cargo. Se aprovado, ele substituirá Roberto Campos Neto, nome indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e cujo mandato se encerra no dia 31 de dezembro deste ano.


A aprovação da indicação é considerada uma formalidade, já que as rejeições a nomes para o comando do Banco Central são raras. O primeiro passo para isso é a sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), marcada para às 10h.


Caso tenha seu nome aprovado na CAE, a indicação segue para o plenário do Senado, podendo ser votada ainda nesta terça-feira. Para aprovação é preciso maioria simples, com 41 votos favoráveis dos 81 senadores.


Expectativas sobre Galipolo


O futuro presidente do BC tem atraído a atenção do mercado financeiro devido a suas declarações que sinalizam um possível novo ciclo de aumento da taxa de juros. Desde maio, a Selic estava fixada em 10,5% ao ano, mas na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada em setembro, houve um ajuste, elevando a taxa para 10,75%.


Durante o período que antecedeu essa reunião, Galípolo enfatizou, em diversas ocasiões, que um aumento da Selic estava em discussão e que a medida seria adotada sem hesitação se necessário para manter a inflação dentro da meta estabelecida.


A votação no Senado é aguardada com expectativa, já que o desempenho de Galípolo à frente do BC será crucial para os rumos da política monetária brasileira, alvo de discordância entre a equipe econômica do Governo Federal e a instituição autônoma, até então comandada por Campos Neto.

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