quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Ângelo de Arruda lança amanhã seu terceiro livro de poesias

 

                                             Foto: Divulgação


Também arquiteto e urbanista, além de compositor, Ângelo Marcos Vieira de Arruda lança amanhã, às 19h, na sede do Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso do Sul (Rua Dr. Ferreira, nº 28, Vila dos Ferroviários), “Deserto das Ideias” (Editora Traços & Capturas), seu terceiro livro de poesias. Na orelha da publicação, o amigo e colega de ofício Fayez José Rizk faz um convite ao leitor: “Ao ler as páginas de ‘Deserto das Ideias’, faça-o em voz alta e deixe-se levar pelo ritmo: você se transformará em compositor de melodias!”.


São 50 poemas, os quais Ângelo chama de “segredos”, escritos em “plena pandemia”, alguns tendo a Covid-19 e a paralisação do planeta como tema. “São poemas escritos em Florianópolis e outras localidades do País”, diz o autor. Trata-se do seu terceiro livro de poesias – o primeiro é “A Invenção do Silêncio” (2017) e o segundo, “A Simplicidade do Abismo” (2021). O prefácio do novo livro é da também arquiteta, professora e poeta Sonia Marques.


“Eu escrevo desde os 17 anos e nunca parei. Mas somente aos 60 anos resolvi publicar o primeiro livro, que teve o apoio cultural do Sesc e foi um sucesso quando o lancei, em 2017, na Morada dos Baís. Esse é a continuidade de uma atitude: escrever para compreender e deixar o outro pensativo. Refletir sobre momentos, sentidos e significados. É assim que chegam os motivos para escrever a publicar: melhorar as pessoas”, afirma Ângelo.


Segundo o poeta, o leitor encontrará versos para pensar, se apaixonar e refletir sobre a vida, a sua vida e das pessoas mais próximas. “Mas também vai encontrar uma novidade grande. Quase no final dele, onde eu escrevo o ‘Palavras do Autor’, tem um QR code. Clique e escute uma música feita, eletronicamente, pelo meu sobrinho, autor dessa música e, especialmente, da capa do livro. Coloque um fone e escute a música lendo os poemas. É uma experiência”, antecipa.



CELULAR E ABSTRAÇÃO

“Eu quero atingir a maior quantidade de leitores que possa se aproximar, ainda mais, dos versos que escrevo. Adoro escrever, amo pensar frases que se conectam com os outros. A minha criação é simples, livre e de muita observação. Aprendi com os filósofos da Grécia antiga a pensar observando. Sou assim, um pouco arquiteto, que observa, um pouco músico, que cria pensando, e um pouco poeta, que se encanta com as palavras”, diz o escritor, que produz seus versos no celular.


“Minha rotina é bem calma e simples. Eu escrevo sempre usando um aplicativo no celular, e ali eu guardo tudo que escrevo. Ando de ônibus, vejo algo, escrevo; assisto a algo na tevê ou no cinema, escrevo sobre. É assim. A gente constrói versos usando letras, números, palavras e tudo vira poema. Sou fã de Manoel de Barros [1916-2014] e me inspiro na sua simplicidade e no entorno de minha vida”, conta Ângelo.


E o que pretende com os seus escritos?

“O maior desafio é fazer o leitor se mexer. Não apenas compreender ou criar ilusões, mas, essencialmente, fazer a dinâmica da vida acontecer. Meus versos são ricos em abstração e verdades e, portanto, penso mesmo em provocar o outro para que ele possa refletir sobre tudo que acontece na vida”, responde.


“Eu sou um arquiteto com 45 anos de diplomado. Já fiz de tudo na vida e, hoje, com 67 anos e aposentado, escrever com tranquilidade é sensacional. O arquiteto cria. O poeta cria. O primeiro, faz coisas reais, edificadas. O poeta nem sempre. Meus poemas têm muita abstração e muita simbologia, e especialmente poucas verdades. É assim que eu me manifesto”, prossegue Ângelo, que se desmancha de alegria com o produto final da nova obra.


“Tá lindo. O formato é 15 cm x 15 cm, um novo padrão literário que eu adotei no segundo livro e que deu certo. A capa do meu sobrinho, o artista plástico Guto Barros, tem muita simbologia e irrealismo. O título, quis pensativo: ‘Deserto das Ideias’. O que temos para fazer sem ideias? Ah, nunca paro de escrever, portanto, contem com o próximo livro para breve”, promete o autor, que faz questão de agradecer ao poeta André Soltau, de Itajaí (SC), seu editor, e o apoio cultural da Construtora Lumis. Está feito, poeta.



Portal Correio do Estado

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