quarta-feira, 13 de março de 2024

Produção brasileira de grãos deve cair 7,6% na safra 2023/24, aponta Conab

 

                                           Foto: Arquivo Agrolink 


A produção de grãos no Brasil para a safra 2023/24 está prevista para alcançar 295,6 milhões de toneladas, conforme revelado pelo 6º Levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta terça-feira (12). No entanto, essa marca representa uma queda de 7,6% em relação ao ciclo anterior, o que equivale a 24,2 milhões de toneladas a menos a serem colhidas.



Segundo a Conab, essa redução é majoritariamente atribuída à diminuição de cerca de 7,1% na produtividade média esperada, que cai de 4.072 para 3.784 quilos por hectare. As condições climáticas variáveis e desfavoráveis nas principais regiões produtoras desde o início da safra até meados de dezembro foram apontadas como um dos principais fatores desencadeadores dessa queda.


As instabilidades climáticas resultaram em perdas significativas na produtividade das culturas, com destaque para a soja, principal produto cultivado no período. Até o início de março, a colheita da soja atingiu 47,9% da área semeada, apontando para uma possível produção de 146,9 milhões de toneladas, representando uma redução de 5% em relação à safra anterior. Além disso, a área destinada ao milho segunda safra deve diminuir em 8,3%, estimada em 15,76 milhões de hectares, embora as condições climáticas estejam favoráveis para o plantio, com exceção de algumas regiões de Mato Grosso do Sul.


No entanto, nem todos os grãos enfrentam uma queda na produção. O algodão, por exemplo, registra um aumento significativo na área plantada, alcançando 1,93 milhão de hectares, o que representa um aumento de 16,3% em comparação com a safra anterior. Com o clima favorecendo as lavouras, a expectativa é que a produção da pluma alcance 3,56 milhões de toneladas, estabelecendo um novo recorde na série histórica.


Enquanto isso, para o trigo, principal cultura de inverno, a estimativa atual indica uma produção de 9,6 milhões de toneladas, o que mantém uma estabilidade em relação aos anos anteriores.




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