Marcelo Victor/ Correio do Estado
Depois de quase três anos "amputada", a estátua do poeta Manoel de Barros, localizada no canteiro central de Campo Grande, no cruzamento da rua Rui Barbosa com avenida Afonso Pena, ganhou um novo pé pelas mãos do artista Ique Woitschach com apenas dois dias de serviço.
Cabe destacar que o trabalho de revitalização, que possui prazo total de seis meses para execução, contempla não só um novo pé, como restauração das avarias causadas pelo próprio tempo e até por marretadas, além da recuperação do bronze e uma nova iluminação para esse espaço.
Como evidenciado por Ique, a "cirurgia" de recuperação envolveu a remoção de um pedaço do bronze da "rótula" do poeta, buraco na região do joelho pelo qual Ique fez fundição do molde trazido de São Paulo, para posterior finalização dos reparos e tratamento do material.
Estrago e recuperação
Vale lembrar que a estátua de quase 400kg do poeta perdeu o pé ainda em 19 de abril de 2021. Apesar do monitoramento na região central, não havia uma câmera monitorada pela Guarda Civil Metropolitana apontada para a fiscalização do monumento, com a falta do membro sendo notada após a vandalização.
Essa revitalização, considerada pela Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul como a mais importante do ano, custou R$ 75,6 mil aos cofres públicos.
Instalada no canteiro central de Campo Grande em homenagem ao aniversário de 101 anos do poeta, a estátua de Manoel de Barros foi deteriorada pelas ações do tempo e do homem e o pé foi só a gota d'água para que a revitalização acontecesse.
Visitas técnicas ao longo dos anos indicaram que, além do pé, o rosto do poeta foi castigado por marretadas; seus óculos ficaram tortos e avariados, além de diversos desgastes em outros pontos, segundo análises do próprio Ique.
Com o Portal Correio do Estado
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