Apresentado nesta quarta-feira como novo reforço do Santos, o goleiro Gabriel Brazão relembrou a demora para que a sua inscrição no Campeonato Paulista fosse realizada. O atleta chegou em meio a um transferban sofrido pelo time da Vila Belmiro e só foi registrado quase um mês depois.
Brazão contou que, neste período, nem quis escutar propostas de outros clubes. Ele disse que resgatou sua felicidade no Peixe e não queria ir embora, apesar da longa espera para ser relacionado por Fábio Carille. Ele foi inscrito após a lesão de Willian Bigode.
"O Santos é um dos maiores clubes do mundo, isso pesou bastante. Eu estava precisando buscar aquela felicidade do Gabriel, fazia tempo que não me encontrava tão bem assim. Essa ansiedade de ser inscrito foi tranquilo, sei que tudo foi conduzido da melhor forma. Tudo tem o momento certo, esse momento foi preparado por Deus", disse o jogador.
O arqueiro só realizou 11 partidas ao longo de sua carreira profissional. Ele, que saiu muito cedo do Brasil, foi vítima de uma série de lesões no joelho que o obrigaram a passar por três cirurgias em um período de três meses. O jogador relembrou o drama.
"Foi um momento bem difícil da minha carreira. Cheguei a fazer três cirurgias em nove meses, e tenho que agradecer algumas pessoas que foram cruciais na minha recuperação, minha esposa, família, meu fisioterapeuta. Hoje me sinto mais rápido que antes das lesões, mais forte. Me sinto bem melhor. Deus planeja as coisas da forma certa, eu aprendi muito, amadureci, tanto como jogador e como pessoa. Me sinto mais preparado que antes das lesões", afirmou.
"Eu saí (do Brasil) muito novo. Infelizmente, nos meus dois primeiros anos eu era muito novo. Depois tive lesões que me deixaram um belo tempo fora. Mas amadureci muito nesse período, hoje me sinto preparado. Tive as lesões, mas já passou. Olho para frente, estou preparado", acrescentou.
Na Europa, Brazão defendeu o Parma, Inter de Milão, Spal e Ternana, na Itália, Albacete e Real Oviedo, na Espanha. Ele falou sobre a evolução que teve no exterior e se classificou como um goleiro "pegador de pênaltis".
"Eu evoluí bastante na Europa, a minha saída do gol, o jogo com os pés. Mas sempre tive como a principal valência o um contra um. Sempre fui um goleiro que pegou muitos pênaltis", avaliou.
Com Gabriel Brazão à disposição no banco de reservas, o Santos enfrenta a Portuguesa neste domingo, pelas quartas de final do Campeonato Paulista. A bola rola a partir das 20h15 (de Brasília), na Vila Belmiro.
Por André da Silva Costa
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