O Boletim Semanal da Conab revela um panorama complexo e desafiador para a cultura da soja no Brasil. Inicialmente, é importante destacar que o ciclo da soja foi impactado negativamente por condições climáticas adversas, incluindo ondas de calor e precipitações abaixo da média. Essa situação gerou preocupações significativas, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Nordeste do país.
Em Mato Grosso, observa-se que a semeadura da soja está em sua fase final. Apesar das adversidades iniciais, as recentes chuvas contribuíram para a recuperação parcial das lavouras que enfrentam déficit hídrico. Contudo, algumas áreas não conseguiram reverter completamente o estresse hídrico devido ao retorno tardio das precipitações.
No estado de Goiás, o ritmo de semeadura foi intensificado com a retomada das chuvas, indicando uma adaptação dos produtores às condições climáticas. Em Mato Grosso do Sul, o plantio está quase concluído, e as lavouras implantadas estão se recuperando, ainda que parcialmente, do estresse hídrico observado na primeira metade de novembro.
No Rio Grande do Sul, a diminuição das chuvas possibilitou um avanço mais significativo na área semeada. Em determinadas regiões, foi necessário realizar o replantio devido a falhas no estande de plantas. De modo geral, as lavouras demonstram um bom desenvolvimento. No Paraná, o plantio está próximo do fim, e a maioria das áreas encontra-se em fase de desenvolvimento vegetativo, apresentando boas condições.
Em São Paulo, o plantio já foi finalizado, e a maioria das lavouras está em boas condições. Em Minas Gerais, o plantio está se encerrando no sul do estado, mas ocorrem replantios em maior escala no noroeste, e algumas lavouras já apresentam perda do potencial produtivo.
Na Bahia, o retorno das chuvas favoreceu o avanço da semeadura. No Tocantins, a retomada das precipitações melhorou as condições das lavouras, apesar de, no centro do estado, algumas terem sofrido perdas no potencial produtivo. Nos estados do Maranhão e Piauí, o progresso do plantio está alinhado com a ocorrência das chuvas. No Pará, as condições climáticas continuaram desfavoráveis, afetando tanto o plantio quanto o desenvolvimento das lavouras.
A média dos 12 estados monitorados mostrou um avanço de 6.8% na semana, atingindo 89.9%. Este progresso está ligeiramente atrasado em comparação com a média de 95.9% da safra passada.
Sendo que, quase ? das lavouras estão avançando nos estádios que definem o potencial produtivo da cultura. Sendo que 15,9% das lavouras avançam pela floração e 15,4% já estão em enchimento de grãos.
Em Tocantins, houve um aumento de 5% na semana, passando de 70% para 75%. Comparando com a safra anterior, que estava em 100%, este ano está atrasado.
No Maranhão, o progresso aumentou 6%, de 44% para 50% nesta semana. Contudo, ainda está muito atrasado em relação aos 68% da safra passada.
Piauí apresentou um aumento expressivo de 26% na semana, saindo de 42% para 68%. Apesar do avanço, o estado ainda está atrasado em relação aos 94% do ano anterior.
Bahia também viu um aumento de 10% na semana, alcançando 75%, mas está atrasada comparada aos 98% da safra anterior.
Mato Grosso, um dos líderes na produção de soja, manteve um ritmo quase constante, com um leve aumento de 0.6%, chegando a 99.3%. Está praticamente no mesmo patamar da safra passada, que era de 100%.
Mato Grosso do Sul teve um avanço de 1%, atingindo 99%. Este progresso está ligeiramente atrasado em comparação com os 100% da safra anterior.
Em Goiás, observamos um aumento de 10%, alcançando 93%. Apesar do avanço, está atrasado em relação aos 97% do ano passado.
Minas Gerais registrou um aumento de 5.7%, chegando a 89%. Este progresso está atrasado em comparação com os 100% da safra anterior.
São Paulo atingiu 100%, um aumento de 5% na semana, igualando-se ao progresso da safra passada.
No Paraná, o avanço foi de 3%, totalizando 99%. Está ligeiramente adiantado em relação aos 99% da safra anterior.
Santa Catarina teve um aumento significativo de 20%, chegando a 90%. Comparado aos 90.7% da safra passada, o estado está em condição normal.
Rio Grande do Sul registrou um aumento de 19%, alcançando 74%. No entanto, está muito atrasado em relação aos 85% da safra anterior.
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