terça-feira, 7 de março de 2023

Prefeitura da Capital espera R$ 102 milhões com leilão da folha e convida cooperativas de crédito

 

NERI KASPARY

Em meio a uma série de embates com o funcionalismo público, a prefeitura de Campo Grande deve ter um alívio de caixa ainda neste mês. A administração espera arrecadar pelo menos R$ 102 milhões de reais com o leilão da folha de pagamento.


São pouco mais de 33 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas da administração municipal e todos necessariamente receberão os salários na mesma instituição financeira. A previsão é de que a abertura das propostas aconteça no dia 17 de março e o dinheiro seja depositado na conta da prefeitura logo em seguida.


Ontem a prefeitura publicou um edital informando as instituições financeiras que fará o leilão. Nesta terça-feira, fez uma correção no edital e incluiu, além dos bancos, as cooperativas de crédito para participarem da disputa. 


Agora, então, o Sicredi, por exemplo, também pode participar. E, se oferecer um valor maior que a concorrência, poderá conquistar mais de 33 mil clientes de uma só vez em Campo Grande por pelo menos cinco anos, que é o prazo de vigência do contrato que será assinado entre a prefeitura e a instituição financeira.



Na última disputa, quando a prefeitura estipulou o valor mínimo de R$ 50 milhões, em 2017, somente o Bradesco participou. Na época, o banco ofereceu ágio insignificante sobre o valor mínimo, pagando R$ 50.050.492,70. Antes disso, em 2012, a administração faturou R$ 33 milhões.


Em 2017 o dinheiro foi utilizado para garantir o décimo terceiro salário do funcionalismo. Agora, porém, a prefeita Adriane Lopes deu a entender que o recurso será utilizado para investimento em obras.


Nos últimos meses a prefeitura enfrentou greve de professores e de servidores da saúde. Além disso,  surgiu grande polêmica porque a câmara de vereadores elevaram o salário da prefeita em pouco mais de 66% já a partir de primeiro de março.


Com este aumento, a remuneração passou de R$ 21.263,62 para R$ 35.462,22. Além disso, o salário de todo o primeiro escalão também teve aumento. Mas o efeito principal nas contas da prefeitura não são estas três dezenas de servidores. 


O efeito principal da medida aprovada na pelos vereadores é que ela destrava o salário de cerca de 600 procuradores jurídicos e auditores fiscais de pelo menos quatro secretarias. O salário destes auditores e procuradores, que não era corrigido fazia quase doze anos, passa para até R$ 35,4 mil mensais. 


Em todas as negociações a salarias o Executivo municipal tem alegado que a folha de pagamento está perto do limite prudencial e que está impedido de corrigir os salários. Porém, as lideranças sindicais agora acreditam que esse aporte extra de recursos possa facilitar as negociações.


Com informação do Portal Correio do Estado

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