terça-feira, 28 de março de 2023

Governo diz que vai aumentar área agrícola

 


Programa será incentivado pelo governo com linhas de crédito "atrativas"
Por:  -Leonardo Gottems

O governo brasileiro vai estimular a conversão de 40 milhões de hectares de pastagens degradadas em áreas cultiváveis. A promessa foi feita pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, durante o evento “Diálogo Brasil-China sobre Cooperação em Negócios de Agricultura Sustentável e Finanças Verdes”, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) em Pequim (China).



De acordo com Fávaro, a medida permitiria praticamente dobrar a área destinada à produção agrícola sem desmatamento e com sustentabilidade.“Este é um programa que será incentivado pelo governo com linhas de crédito atrativas, para que o produtor, em vez de pensar em novos desmatamentos, capte recursos para converter pastagens, com uso de calcário, fertilizantes e matéria orgânica”, disse o ministro.


Por sua vez, o assessor especial do ministro da Agricultura, Carlos Augustin, conclamou os interlocutores chineses a concederem financiamento de longo prazo para a conversão de pastagens no Brasil. O Brasil é o principal fornecimento de alimentos para a China e o país asiático é o principal destino das exportações brasileiras do agronegócio.


O evento de Pequim integrou a programação da delegação do setor agrícola que acompanhou a visita do Ministro Fávaro à China e é um desdobramento do “Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável”, evento promovido pelo CEBC e o IFS que já teve edições, em 2021 e 2022. 


As empresas associadas ao CEBC afirmam que a questão da sustentabilidade como um elemento transversal da relação Brasil-China, que deve estar no centro da relação bilateral. Além da questão de finanças verdes e agricultura de baixo carbono, ressaltam a relevância da cooperação em áreas como energias renováveis e mobilidade elétrica, nas quais a China tem posição de liderança. Na avaliação do CEBC, a cooperação nessas áreas pode promover a integração do Brasil a cadeias produtivas estratégicas da economia do futuro.

Nenhum comentário: