O deputado federal por Mato Grosso do Sul, Loester Trutis (PSL), foi denunciado pela PGR (Procuradoria-Geral da República) por comunicação falsa de crime, porte ilegal de arma de fogo e disparo de arma de fogo.
A informação é do portal G1, que teve acesso ao documento encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Em fevereiro do ano passado, o parlamentar relatou ter sido alvo de atentado na BR-060, quando se encaminhava para agenda na cidade de Sidrolândia. Na ocasião, o veículo dele foi atingido por disparos de arma de fogo.
À Polícia Federal, Trutis alegou uma suposta tentativa de homicídio contra ele.
Porém, ao longo das investigações, a PF concluiu que o ataque foi forjado, resultando na Operação Tracker, deflagrada em novembro de 2020.
No dia do fato, o deputado federal chegou a ser detido e encaminhado à superintendência da Polícia Federal em Campo Grande. Mandados de busca e apreensão também ocorreram na ação.
Falsa
Na denúncia apresentada pelo vice-procurador-geral da República, Humberto Jacques de Medeiros, a narrativa do deputado é “falsa”.
“O que de fato ocorreu foi uma verdadeira simulação de tentativa de homicídio, na qual o parlamentar (A) e seu assessor (B), portando irregularmente arma de fogo de uso permitido, efetuaram disparos em via pública (estrada vicinal adjacente à Rodovia BR, 060) contra o veículo”, afirmou Jacques no documento encaminhado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
De acordo com a denúncia a que o portal G1 teve acesso, Medeiros ainda relata que Trutis tentou explorar politicamente o fato, uma vez que fez diversas postagens relacionamento o falso atentado com a bandeira do armamento.
“Assim, considerando que o porte de arma é uma pauta política defendida intensamente pelo deputado Loester Trutis; o parlamentar, ao noticiar o episódio, atribui ao porte de arma a ausência de lesões e, até mesmo, o escape da "morte"; e, ainda, ele aduz ter sido "vítima’ em razão de embates políticos no Estado de representação, vislumbra-se a conexão dos fatos apurados com a atividade parlamentar”, escreveu.
Agora, o STF vai analisar a denúncia. Se a acusação for recebida, o deputado passa a ser réu. Não há prazo para isso.
O caso
O carro onde estava o deputado federal Loester Trutis (PSL) foi alvo de disparos de arma de fogo na manhã do dia 16 de fevereiro de 2020, quando seguia com o motorista para agenda em Sidrolândia.
Em publicação realizada nas redes sociais na data do fato, a assessoria do parlamentar disse que ele teria sido alvo de uma emboscada e tentou reagir ao ataque.
Um dia depois do suposto atentado, a Polícia Federal deu início às investigações.
Em nota à imprensa na época, o órgão de segurança disse ter tomado as medidas iniciais em relação ao caso e instaurado Inquérito Policial.
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