Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), referente aos meses de agosto e setembro, a safra de café em Minas Gerais deve ser a menor dos últimos 12 anos. O total de café beneficiado deve ser 38% menor e somar apenas 21,4 milhões de sacas. O volume é o menor desde 2009, quando o estado produziu 19,9 milhões de sacas de café. O recorde foi batido em 2020 com 34,6 milhões de sacas.
A colheita está praticamente concluída no Estado e entre as principais causas apontadas estão os problemas climáticos como o déficit hídrico causado pela seca e a bienalidade negativa, uma característica dos cafezais, que alternam anos com produção mais elevada e anos com baixa produtividade.
Os dados da Conab são referentes à safra colhida em 2021, mas que teve o início de seu ciclo produtivo em 2020. Como a escassez hídrica segue a atual safra também poderá ser afetada. A época é de florescimento dos cafezais e há necessidade de chuvas regulares. Outra preocupação dos especialistas está relacionada às geadas que atingiram Minas Gerais e São Paulo em julho. Como elas ocorreram em um período em que a maior parte das lavouras já estava em fase avançada do ciclo de produção, o fenômeno pode ter impacto no próximo ciclo.
Levantamentos da Emater-MG apontam que cerca de 10 mil cafeicultores do estado foram afetados pelas geadas ou 174 mil hectares, sendo o Sul de Minas a região mais afetada. No Brasil, a produção esperada é de 46,9 milhões de sacas neste ano, cerca de 75% do volume de 2020.
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