segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Marinha e Polícia Civil investigarão naufrágio que matou 7 no Pantanal

 

G1

A Marinha do Brasil abriu inquérito de investigação para apurar o naufrágio de um barco-hotel que matou sete pessoas, no rio Paraguai, no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Por parte da Polícia Civil, a apuração deve começar nesta segunda-feira, dia 18 de outubro.


Por parte da Marinha, o órgão pretende apurar as causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima e a apuração será feita por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN).


Já a investigação pela Polícia Civil, que deve ser feita pelo delegado Jhonny Monteiro, em Corumbá (MS), caminhará para apurar os seguintes tópicos:


O acidente foi proposital?


Havia irregularidades com a embarcação?


A apuração geral sobre o acidente.


Até o momento, conforme o delegado, apenas duas testemunhas foram ouvidas, ambas sobreviventes da tragédia.


"A investigação será distribuída nesta segunda-feira. Bem provável que seja eu que pegue o caso. Eu fiz as primeiras oitivas e escutei dois sobreviventes. Ainda não temos conclusão. Não sabemos se houve algum tipo de crime ou se alguém será responsabilizado pela possível negligência ou imprudência", detalhou o delegado.


Acidente


De acordo com a Polícia Civil, 12 homens - entre parentes e amigos - estavam no Pantanal desde o dia 9 de outubro. Eles contrataram a embarcação no Porto Limoeiro e saíram para pescaria, com mais nove tripulantes, em direção ao Paraguai Mirim, região do Castelo, e depois para o Bonfim, onde permaneceram boa parte do tempo.



Quando se aproximavam da cidade de Corumbá e no momento que faziam um churrasco, os ventos ficaram fortes e a embarcação virou. Outros 17 municípios de Mato Grosso do Sul também foram atingidos por temporal.


Vítimas


Thiago Souza Gomes, de 18 anos;


Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, pai de Thiago;


Fernandes Rodrigues Leão de 49 anos;


Olímpio Alves de Souza, de 71 anos;


Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, era irmão de Olímpio, sogro de Fernando Gomes e avô de Thiago;


Vitor Celestino Francelino, de 64 anos, comandante da embarcação;



Mauro Rodrigues Canavarro, de 49 anos, auxiliar de convés.


Quando o barco virou, 14 pessoas conseguiram nadar e foram resgatadas por um navio do Exército Brasileiro que passava por lá no momento.


Entre as vítimas, cinco são de Rio Verde de Goiás (GO), que é a família de Geovanne. Outra de São José do Rio Preto (SP). A maioria delas foi encontrada morta na manhã deste sábado (16).


Entre as vítimas, o comandante do barco, Vitor Celestino Francelino, de 64 anos. Ele comandava a embarcação há cerca de 20 anos. Era funcionário do grupo que pescava, o qual mantinha o veículo em Corumbá há 25 anos.


Os quatro corpos de uma família que morreu no naufrágio foram velados em Rio Verde, neste domingo (17), na sede de uma loja maçônica da cidade. Eles estavam no barco-hotel Carcará que virou no Rio Paraguai durante expedição de pesca pelo Pantanal.


Sobrevivente


"Deu uma chacoalhada no barco. Dois segundos depois virou igual filme, aquela coisa de balançar", resume o médico-urologista Geovanne Furtado Souza, um dos sobreviventes ao naufrágio de um barco-hotel, ocorrido durante um vendaval na tarde dessa sexta-feira (15), no rio Paraguai, Pantanal de Mato Grosso do Sul. Sete, das 21 pessoas a bordo, morreram.


Geovanne, o pai dele, Geraldo Alves de Souza, de 78 anos; o tio Olímpio Alves de Souza, de 71; o sobrinho e afilhado, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, e o cunhado Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos, pescavam no Pantanal com mais seis pessoas desde o dia 9.

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