Por G 1
Desde o começo da pandemia, cientistas do mundo todo seguem na busca de outros tratamentos para amenizar os sintomas da Covid e evitar mortes. No Brasil, o Instituto Butantan vai começar a aplicar em pacientes um soro anti-Covid e a Fiocruz busca voluntários para testar um remédio antiviral promissor.
O Butantan desenvolveu um soro concentrado de anticorpos. Na última sexta-feira, dia 15 de outubro, a Anvisa autorizou o início do estudo com pacientes. A expectativa dos cientistas é a de que ao introduzi-lo em uma pessoa com Covid-19, o soro possa combater a infecção pelo coronavírus e impedir o agravamento da doença.
“O maior desafio neste momento é ter um número de voluntários suficiente, porque a partir do fechamento do ensaio clínico proposto e aprovado é que você pode pedir um registro”, explica a pesquisadora do Butantan Ana Maria.
O primeiro grupo de 60 voluntários é de pacientes com câncer e pessoas que receberam transplante de rim. Todos com mais de 30 anos e diagnóstico de Covid há, no máximo, cinco dias. Metade vai receber o soro, e metade um placebo — uma substância sem efeito nenhum. Só no final do estudo é revelado quem tomou o quê, para saber se o soro teve efeito.
Já existem cinco medicamentos no mundo que combatem a infecção pelo coronavírus, com os chamados anticorpos monoclonais, produzidos com biotecnologia, mas muito caros para a população. Por isso, cientistas procuram tratamento mais acessíveis. É o caso do molnupiravir, que vem em forma de comprimido e pode revolucionar o tratamento contra Covid. Já tem evidência científica de que o medicamento funciona.
Na segunda-feira (11), um laboratório pediu ao governo americano autorização para uso emergencial do remédio. No Brasil, um estudo conduzido pela Fundação Oswaldo Cruz, do Rio, tem como objetivo descobrir se os comprimidos poderiam impedir também que a doença se desenvolva em quem for exposto ao vírus.
Funciona assim: quando o coronavírus entra no corpo de uma pessoa, o remédio pode impedir que ele se multiplique. Com menos vírus, a doença fica bem mais leve. No estudo com o comprimido, só vai poder participar quem ainda não estiver vacinado e more com alguém que testou positivo para Covid nas últimas 72 horas. Por isso, os pesquisadores fazem um chamado por voluntários que se encaixem nesse perfil.
A importância da vacinação
Se você estiver se perguntando se vai dar para trocar a vacina pelos remédios, a resposta dos médicos é categórica: não. Os medicamentos em estudo são um tratamento para a infecção. A vacina é uma prevenção, comprovada. Enquanto a ciência busca novos tratamentos, a vacinação precisa continuar avançando.
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