terça-feira, 10 de setembro de 2024

Safra de milho é a terceira pior nos últimos 10 anos em MS

 

                                           Divulgação Aprosoja-MS


A falta de chuva provocou uma redução de 35% na produção, enquanto à safra anterior obteve 9,2 milhões de toneladas

Mudanças climáticas e chuvas abaixo da média prejudicaram cerca de 819 mil hectares. Com isso, a colheita da 2ª safra de milho de 2023/2024 foi apontada como a terceira pior nos últimos dez anos.


A colheita termina em setembro. Os dados são do Projeto SIGA-MS, conduzido pela Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja-MS).


O resultado da colheita foi apresentado pela Famasul e pela Aprosoja-MS, na última sexta-feira (6), ao governador Eduardo Riedel (PSDB). Durante a apresentação dos dados, foram discutidos os fatores climáticos que prejudicaram a safra.


Seca

Conforme os dados apresentados, a falta de chuvas afetou 819 mil hectares. Os meses sem chuva no começo do ano (março e abril) tiveram uma duração de 10 a 30 dias de estresse hídrico. Entre abril e junho, foram 90 dias sem chuva, enquanto a região norte do Estado está há mais de 100 dias sem precipitação considerável.


Os locais atingidos pela seca extrema enfrentaram o período reprodutivo da planta, desde o florescimento até o enchimento do grão. Isso resultou em um cenário irreversível, impactando a reserva nutricional do grão e gerando espigas pequenas. Além disso, houve ausência de grãos e plantas que sequer conseguiram produzir espigas.


Redução

Segundo o relatório do SIGA-MS, houve uma queda de 35% na produção, em comparação à safra anterior, que obteve 9,2 milhões de toneladas. A produção encerrou com 69,77 sacas/ha, o que representa uma redução de 30% em comparação com o ciclo anterior.


Durante a reunião, a Famasul e a Aprosoja apontaram as dificuldades enfrentadas pelos produtores rurais para o plantio da próxima safra de soja, que inicia ainda em setembro.


Laura Brasil

Com o Portal Correio do Estado

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