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Horário de verão, que consiste em adiantar o relógio em uma hora, foi extinto em 2019; Possível retomada é para reduzir impactos da crise hídrica sobre o setor elétrico
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou, nesta quarta-feira (11), que o governo federal está avaliando internamente a possível retomada do horário de verão, como uma medida para reduzir os impactos da atual crise hídrica sobre o setor elétrico.
De acordo com o Estadão, embora ainda não haja uma decisão definitiva, a principal justificativa para o retorno seria o aumento da confiabilidade do sistema elétrico, conforme explicou o ministro.
O horário de verão, que consistia na adiantamento dos relógios em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro, para reduzir o consumo de energia, foi extinto em abril de 2019 durante o governo Jair Bolsonaro.
A medida buscava diminuir o consumo de eletricidade no horário de pico, o que aliviava a pressão sobre o sistema e reduzia o uso de fontes de energia mais caras.
"Estamos em uma fase de avaliação da necessidade ou não do horário de verão. Além da questão energética, há outros efeitos que precisam ser analisados, como o impacto na economia", afirmou Silveira, em entrevista a jornalistas. Ele destacou ainda o impacto positivo que a medida poderia ter no turismo.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, reforçou a fala do ministro, afirmando que o horário de verão "pode ser uma boa alternativa para poupar energia" e que "procurar evitar o desperdício" e "fazer uma campanha" ajudam também.
Horário de verão
O horário de verão foi instituído em 1931, no governo de Getúlio Vargas, mas só passou a ser adotado anualmente a partir de 1985.
A medida foi criada para aproveitar a iluminação natural durante o verão, quando os dias são mais longos e as noites mais curtas. Dessa forma, há economia de energia e redução do risco de apagões.
Essa política de horário especial foi extinta em abril de 2019, no governo de Jair Bolsonaro.
Na época, o Ministério de Minas e Energia apontou que, apesar da economia gerada pelo maior aproveitamento da luz natural, o aumento do uso de aparelhos como o ar-condicionado acabou anulando os benefícios iniciais de redução no consumo de energia.
Em 2023, já no governo Lula, o Ministério de Minas e Energia avaliou que não era necessário retornar a implementar o horário de verão.
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